Eleições em Goiás

Rede afasta pré-candidato a deputado estadual, Jorge Carneiro Correia

Ele é acusado de fazer parte de uma organização criminosa, investigada na Operação Arapuca, do MP-GO

O partido Rede Sustentabilidade afastou o pré-candidato a deputado estadual pela legenda, Jorge Carneiro Correia. O motivo foi a prisão do advogado, apontado como membro de uma organização criminosa. A prisão é resultado da Operação Arapuca, do Ministério Público de Goiás (MP-GO) em parceria com a Polícia Civil.

Segundo um dos porta-vozes da Rede em Goiânia, Aguimar Jesuíno, assim que o soube da informação, decidiu pelo “desligamento cautelatório, de imediato, com a suspensão da candidatura”. O pedido foi encaminhado ao Conselho de Ética, que deve dar uma decisão final sobre o assunto.

“A decisão de hoje é que ele não será pré-candidato pelo Partido Rede Sustentabilidade nessas eleições. Ele vai ser desligado dos quadros de filiados, até decisão do Conselho de Ética”, enfatizou Aguimar. Sobre as acusações contra Jorge, Aguimar ressalta: “ele é um advogado conhecido aqui de Goiânia. À princípio, não havia nada que contrariava a sua reputação”.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – seção Goiás se manifestou por meio de nota oficial no site da instituição. Segundo o texto, “na existência de provas, a OAB não se eximirá de instaurar processo ético-disciplinar contra os acusados, com objetivo de apurar supostos desvios da atividade funcional”. Informa, ainda, que foram designados “dois representantes da advocacia para garantir a preservação dos diretos dos advogados investigados”.

Em nota, Jorge Carneiro alegou inocência e disse que foi vítima de uma “arapuca”. Ele disse ainda que o porta-vez da Rede, Aguimar Jesuíno, mentiu ao afirmar que ele teria sido expulso no partido. “Sou candidato a deputado estadual e já tomei todas as medidas necessárias contra aqueles que tentam me prejudicar”, diz o texto.

Operação Arapuca

Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de prisão e 15 de busca na capital nesta quinta-feira (9) na operação do MP-GO. A organização atuava na prática de extorsões, concussões e corrupção.

Na investigação, o MP-GO constatou diversas situações em que policiais civis associados a advogados exigiam e cobravam vantagens indevidas para não efetuarem prisões em flagrante ou procederem com investigações contra os clientes.