Oscar | Do pior ao melhor ganhador de Melhor Filme (2001 – 2020)
A lista contém apenas os ganhadores do século 21 até agora - entre os anos de 2001 e 2020
Com o Oscar 2021 chegando perto, o comentarista de cinema do Telemania-Mais Goiás, Matthew Vilela, criou uma lista do ‘Do Pior ao Melhor’ ganhador do Oscar de Melhor Filme entre os anos de 2001 e 2020.
Observação: A lista é uma opinião pessoal do autor deste post.
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20. CRASH (ganhador em 2006)
Aqui temos uma das maiores injustiças do Oscar. Um filme besta, previsível, insosso e completamente sem emoção. Inexplicavelmente, ganhou no lugar de obras bem melhores como “O Segredo de Brokeback Mountain” e “Munique”.
19. O DISCURSO DO REI (ganhador em 2011)
Eu até gosto de “O Discurso do Rei”, mas nem de longe deveria ser indicado como Melhor Filme, muito menos ganhar o Oscar no lugar de obras fenomenais e infinitamente superiores como “Toy Story 3”, “O Vencedor”, “A Rede Social”, “Bravura Indômita” e “A Origem”. Outra dessas vitórias tristemente inexplicáveis da Academia.
18. GREEN BOOK – O FILME (ganhador em 2019)
Eu gosto de “Green Book” e considero um filme envolvente, divertido e sutilmente tocante. Mas, sim, confesso que não deveria ter levado o prêmio principal no lugar de “A Favorita” e “Infiltrado na Klan”. Mas, particularmente, não considero uma obra ruim.
17. O ARTISTA (ganhador em 2012)
“O Artista” é uma bela homenagem aos filmes preto e branco de Hollywood, mas está longe de ser aquela obra memorável digna de Oscar. Seria mais ousado se a história fosse nos dias atuais mas contada no estilo dos filmes antigos em preto e branco. Fora isso, o que temos aqui é algo puramente convencional. “Os Descendentes”, “Meia-Noite em Paris”, “A Invenção de Hugo Cabret” e “Cavalo de Guerra”, que foram indicados no mesmo ano, são muito melhores.
16. UMA MENTE BRILHANTE (ganhador em 2002)
Estrelado por Russell Crowe e dirigido por Ron Howard, entre os indicados deste ano eu daria o Oscar para “Moulin Rouge!” ou “O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel”, que são obras bem superiores. Mas “Uma Mente Brilhante” não é ruim, é lembrado até hoje e se mantém uma obra instigante, tocante e que se sustenta bastante na atuação maravilhosa de Crowe.
15. QUEM QUER SER UM MILIONÁRIO? (ganhador em 2009)
Revisto hoje, “Quem Quer Ser Um Milionário?” soa bastante piegas em certos momentos. Mas isto não prejudica o resultado final que é uma obra dirigida com vontade por Danny Boyle. Um “conto de fadas” moderno que utiliza a cultura indiana com respeito, e nos coloca interessados na jornada fantástica de superação do protagonista.
14. MOONLIGHT (ganhador em 2017)
“Moonlight” é um ótimo filme que trabalha temas delicados como drogas, homossexualidade e racismo. Tudo inserido em uma história de amor e superação que vale a investida. Mas “La La Land” continua o meu filme favorito entre os indicados em 2017.
13. BIRDMAN (ganhador em 2015)
Apesar de me incomodar um pouco a soberba do diretor Alejandro Gonzaléz Iñarritu sobre sua visão do atual cinema, “Birdman” não deixa de ser um filme ousado em sua concepção, bem realizado e envolvente. Gosto dos diversos longos takes e, principalmente, da atuação marcante de Michael Keaton. Mas o Oscar de Melhor Filme em 2015 deveria ter sido de “Whiplash”.
12. A FORMA DA ÁGUA (ganhador em 2018)
Guilhermo Del Toro levou o prêmio de Roteiro Original, Diretor e Filme com “A Forma da Água”, um conto de fadas fantástico que fala sobre aceitação e respeitar o diferente. Não é o melhor e mais memorável trabalho de Del Toro, mas tem seu charme e fico feliz pelo seu reconhecimento.
11. ONDE OS FRACOS NÃO TEM VEZ (ganhador em 2008)
Dirigido pelos irmãos Ethan e Joel Cohen, “Onde os Fracos Não Tem Vez” é um thriller faroeste moderno que nos deixa em puro êxtase ao longo de sua exibição – apesar de possuir um final discutível e polêmico. Porém, temos aqui um dos vilões mais inesquecíveis do novo século: Javier Barden como Anton Chigurh. Mas entre os indicados de 2008, minha escolha seria a obra-prima “Sangue Negro” com Daniel Day-Lewis.
10. GUERRA AO TERROR (ganhador em 2010)
Confesso que na época estava torcendo para “Avatar” de James Cameron, e continuo achando um filme muito mais memorável do que “Guerra ao Terror”. Mas este longa dirigido por Katherine Bigelow é uma imersão visceral e angustiante nas consequências emocionais da guerra. Bigelow levou também o Oscar de direção e fez história ao se tornar a primeira mulher a ganhar o prêmio na categoria.
09. SPOTLIGHT (ganhador em 2016)
Em um ano com “Mad Max – Estrada da Fúria”, “Perdido em Marte” e “O Regresso”, a Academia escolheu premiar um filme bem menor cuja força está em sua trama e tema. “Spotlight” conta a história real de um grupo de jornalistas investigativos que descobrem vários casos de pedofilia envolvendo padres. Pode não ter o espetáculo visual das outras produções indicadas, mas não deixa de ser uma obra relevante e poderosa.
08. ARGO (ganhador em 2013)
Dirigido e estrelado por Ben Affleck, “Argo” não somente toca em debates políticos válidos, como é, acima de tudo, uma homenagem ao poder do cinema. Uma obra que nos apresenta uma história real contada com tanta agilidade e competência por Affleck, que o resultado é um filme memorável. Talvez não fosse o melhor entre os indicados, que tinha “Django Livre” e “Amor”, mas, não deixa de ser um ótimo cinema.
07. 12 ANOS DE ESCRAVIDÃO (ganhador em 2014)
Lembro muito bem de assistir ao filme no cinema e sair da sessão pesado, angustiado e triste. Existem centenas de filmes sobre escravidão nos EUA, mas são poucos que conseguem ser memoráveis. “12 Anos de Escravidão” entra nesse grupo. Uma obra poderosa, inesquecível e que nunca deve ser esquecida. Um retrato de época daqueles emocionantes.
06. CHICAGO (ganhador em 2003)
Em um ano que tinha “O Senhor dos Aneis: As Duas Torres”, “As Horas” e “O Pianista” indicados, a vitória de “Chicago” foi surpresa e continua polêmica. Mas, particularmente, amo o filme. Sou fã de musicais e “Chicago” nos leva em uma jornada de crime, luxúria e soberba com uma produção estilizada, criativa e atuações ótimas de Reneé Zellweger, Richard Gere e Catherine Zeta-Jones (que levou o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante pelo filme).
05. OS INFILTRADOS (ganhador em 2007)
Após anos dirigindo filmes que marcaram a história do cinema como “Táxi Driver”, “Os Bons Companheiros”, “Touro Indomável” e tantos outros, Martin Scorsese nunca tinha levado o prêmio de Melhor Diretor. Foi apenas em 2007 com “Os Infiltrados” que justiça foi feito. Mas Scorsese não ganhou apenas por causa da carreira, mas porque “Os Infiltrados” é um filme soberbo, extasiante e que nos deixa com os olhos fixados na tela. Todo o estilo famoso de Scorsese está presente, e o resultado é uma obra-prima. Com Leonardo DiCaprio, Jack Nicholson, Alec Baldwin, Matt Damon e por ai vai.
04. MENINA DE OURO (ganhador em 2005)
Dirigido por Clint Eastwood e estrelado por Hilary Swank, “Menina de Ouro” quebra todas as expectativas que você possa ter em relação a filmes sobre boxe. Porque, primeiro, ele não é um filme sobre boxe, mas sobre amor, afeto, paternalismo, amizade… Uma obra de fazer encher os olhos de lágrimas. Ganhou também o prêmio de Melhor Diretor (Eastwood), Melhor Atriz (Swank) e Melhor Ator Coadjuvante (Morgan Freeman).
03. PARASITA (ganhador em 2020)
Já fazia muitos anos em que um ganhador não recebia uma aclamação tão unânime no Oscar. O filme dirigido por Bong Joon-ho merecidamente levou Melhor Filme e se tornou o primeiro longa em língua não inglesa a ganhar o maior prêmio da cerimônia. E com razão. “Parasita” é uma crítica social ácida, empolgante e angustiante que se você ainda não assistir, por favor, corre trás
02. GLADIADOR (ganhador em 2001)
Sou apaixonado por “Gladiador”. Particularmente, é um desses clássicos que se mantém firme até hoje. Não apenas pela grandiosa, épica e belíssima produção, mas por conseguir nos fazer se conectar com a jornada de Maximus (um maravilhoso Russell Crowe, que também levou o prêmio de Melhor Ator). Dirigido por Ridley Scott.
01. O SENHOR DOS ANÉIS – O RETORNO DO REI (ganhador em 2004)
A trilogia de “O Senhor dos Anéis” é um exemplo perfeito de adaptação. Tudo se conecta, se encaixa e resulta em uma obra perfeita, memorável e empolgante. “O Retorno do Rei” é o encerramento glorioso desta trama, e até hoje continua um projeto de encher os olhos, tanto visualmente quanto dramaticamente e, principalmente, ao trazer a escala épica que faz falta em muitos longas do gênero hoje em dia.