Pabllo Vittar confirma volume 2 de ‘Batidão Tropical’
Álbum conta com três músicas autorais e regravações de bandas de forró sucesso no Norte e Nordeste no início do século
Pabllo Vittar lançou seu quarto álbum de estúdio, Batidão Tropical, na última quinta-feira (24) e, já primeiras horas, conseguiu mais de 2 milhões de streams nas plataformas digitais. O sucesso do álbum, segundo Pabllo, se deve à mistura de elementos e ritmos presentes no Norte e Nordeste brasileiro. Com isso, a cantora adiantou que o projeto ganhará continuação. Ou melhor, um volume 2.
Apesar disso, os fãs vão esperar um pouco mais para ver a continuação desse trabalho, já que a previsão é apenas para 2022. A cantora destacou que há outros projetos engatilhados para o decorrer do ano. “É algo que era muito presente nas bandas de forró. O volume 1, volume 2 e assim por diante. Eu quero manter isso porque faz parte do processo de identidade dessas músicas”, reforçou.
Vittar ainda revelou que o álbum demandou “grande responsabilidade”, já que a maioria das canções são regravações de bandas de como o forró, tecnobrega e tecnomelody, que fizeram muito sucesso na década de 2000. Nove canções fazem parte do disco: Ama, Sofre e Chora, Triste com T, A Lua, Apaixonada, Ânsia, Ultra Som, Não é Papel de Homem, Zap Zum e Bang Bang.
Apenas as três primeiras são inéditas, as demais são regravações de sucessos da bandas Batidão, Ravelly, Kassikó e Companhia do Calypso.
Pabllo contou que foi muito difícil escolher apenas seis músicas para regravar e colocar no álbum. Tchic Bum, um dos maiores sucessos da Companhia, estaria no álbum. A cantora, entretanto, decidiu não colocá-la na tracklist final por se sentir insegura para modificá-la. “Essa música é icônica. Talvez no volume dois eu esteja mais preparada”, destacou.
A cantora afirmou também que, nos covers, não quis se distanciar muito da originalidade de cada canção. “Não queria mexer na linha central das faixas. É uma releitura; há o cuidado de manter o tempo certo das batidas, as viradas, os metais”, comentou.
Até o momento, Ama, Sofre e Chora e Triste com T são os singles do álbum. Porém, a cantora revelou que quer trabalhar uma terceira faixa, mas deixou aberto qual seria a escolha. Os fãs torcem para que seja uma das regravações, sendo Zap Zum a queridinha da audiência.
Referências para Batidão Tropical
“Com Batidão Tropical, eu pude voltar as minhas origens. Fiquei dos 5 aos 13 anos no Pará e depois voltei para o Maranhão. Lá eu ouvi muita Companhia do Calypso, Calcinha Preta, Limão Com Mel e outras bandas que me inspiraram a ser quem eu sou hoje”, revelou Vittar.
A artista ressaltou a admiração que tem por Mylla Carvalho, ex-vocalista da Companhia do Calypso, e sublinhou que explorar as canções interpretadas por ela lhe deu força diante as adversidades de se assumir homessexual no interior do Brasil.
“A infância no interior é gostosa, mas a gente sabe das dificuldades que a gente passa. Sempre tive o apoio da minha mãe. Foi inclusive ela quem me deu o primeiro DVD da Companhia, ainda pirata (risos). Ver a Mylla empoderada no palco me dava impulso para seguir na vida e chegar aonde cheguei”, destacou.
Além disso, ela explicou o motivo de gostar tanto do forró. “As letras exaltam o sexo, falam à vontade do amor. Ao mesmo tempo traz uma sofrência que te faz dançar para c*****o”, afirma.
Pabllo Vittar ao vivo
Pabllo Vittar está ansiosa para levar o material do novo disco para o público internacional. E a troca cultural pode começar mais cedo do que se imagina. Isso porque no ano quem a cantora deve se apresentar no Coachella, nos EUA, e no Primavera Sound, na Espanha. “A gente tem que furar essas bolhas regionais no meio do streaming. A gente gosta do pop [de fora], mas temos que valorizar as coisas que são nossas. Como artista, eu tenho que mostrar e ser transparente, mas o Brasil deve procurar a saber dessas referências”.
Pabllo afirma que fará um grade show virtual nesse ano para comemorar o seu aniversário. “Se todo mundo tivesse vacinado, eu teria o maior prazer de coreografar e entregar para os meus fãs. Como ainda não é possível, vou fazer um grade show virtual, com troca de palcos, coreografias, bem estilo BLACKPINK mesmo. Quero fazer isso até o meu aniversário. Eu que comemoro, mas o presente são de vocês”, conta.