Paulo Vilhena fala de histórias afetivas contadas no velório de Claudia Jimenez: ‘Rimos e lembramos’
'O padre disse que você ficou devendo um bolo para ele', escreveu o ator em post de despedida, fazendo referência a uma das muitas memórias da amiga
Muito amigo de Claudia Jimenez, o ator Paulo Vilhena contou histórias de afeto, leveza e amor que foram lembradas por todos durante o velório da atriz, na tarde de sábado (20), no Memorial do Carmo, no Rio. Ícone do humor no Brasil, Claudia morreu aos 63 anos, em decorrência de insuficiência cardíaca. “Hoje estive com o seus, em sua despedida, o padre disse que ficou devendo um bolo pra ele. Rimos tanto lembrando do teu jeito safado de pedir as coisas, lembramos do quanto era gostoso estar contigo”, escreveu ele em um post de despedida em seu perfil no Instagram, junto com uma foto que aparece com Claudia e a atriz Fernanda Rodrigues.
Paulinho, como é conhecido pelos amigos, ressaltou ainda a força da personal trainer Stella Torreão, ex-companheira de Claudia. As duas estavam separadas há 14 anos, mas ficaram tão amigas que dividiam o mesmo apartamento nos últimos anos. “Bobó, minha querida amiga. Aaaaah só um pedacinho de bolo, pra gente conversar… Vc falava assim quando queria carinho, atenção, cuidado… Passa aqui, a gente come um bolinho e conversa um pouquinho. Aí era um papo sem fim e risadas infinitas. Sinto q faltou nossa última festa, meu último colo, nosso último abraço. Stella estava lá com suas irmãs, forte como é, uma guerreira. O Brasil vai sentir tanto sua falta, porque era só alegria, risadas, leveza… E continuará sendo, pra mim, com certeza!!! Te AMO, hoje é pra SEMPRE. Até qualquer hora minha amiga. Lembrarei sempre de você, com um sorriso no rosto”.
O velório e a cremação de Claudia reuniram amigos, familiares e fãs, que foram prestar uma última homenagem. A artista estava internada no Hospital Samaritano. Ao longo da vida ela já havia passado por três cirurgias no coração e por tratamento de radioterapia para combater um câncer no tórax. Famosa por seus papéis cômicos na TV, como Dona Cacilda da “Escolinha do Professor Raimundo” e Edileuza de “Sai de Baixo”, ela estava internada no Hospital Samaritano, em Botafogo.
Destaque no humor
Filha de um cantor de tangos e caixeiro viajante e uma enroladora de bala de coco, Claudia Maria Patitucci Jimenez nasceu no Rio de Janeiro, em 1958. Formou-se no Curso Normal, especializando-se em dar aula para crianças. Em paralelo, dedicava-se ao teatro amador no Tijuca Tênis Clube, e logo deslanchou na carreira de atriz.
“Sempre fui palhaça, sempre. No colégio de freira me pagavam um chocolate, bala para eu não deixar de ir na aula de religião, porque quando eu ia era um divertimento só”, disse.
Em 1978 faz sua estreia no teatro profissional, interpretando a divertida prostituta Mimi Bibelô na primeira montagem da “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque, ao lado de Ary Fontoura e Marieta Severo. Vendo sua atuação no musical, o produtor Maurício Shermann a convidou para fazer um teste na TV Globo.