Principal suspeito no caso Madeleine McCann não deve enfrentar julgamento, diz advogado
Advogado alega "falta de evidências"
O principal suspeito pelo sequestro de Madeleine McCann, desaparecida em 2007, não enfrentará julgamento pelo crime. Christian Brueckner, que atualmente cumpre pena pelo estupro de uma turista americana de 72 anos, teve um mandado de prisão revogado em outro julgamento por crimes sexuais. O advogado de Brueckner alegou que a promotoria enfrentará uma “batalha acirrada” para acusá-lo, devido à falta de evidências concretas.
Brueckner, que viveu em Portugal entre 2000 e 2017, enfrenta múltiplas acusações de crimes sexuais supostamente cometidos durante esse período. No entanto, o tribunal de Brunswick anunciou a revogação do mandado de prisão por falta de “suspeita urgente” de seu envolvimento em três casos de estupro e duas acusações de exposição indecente a crianças.
Apesar de ter sido identificado como o principal suspeito no desaparecimento de Madeleine McCann em 2020, Brueckner ainda não foi formalmente acusado. “Se o tribunal tivesse decidido condená-lo por uma, duas, três, quatro ou cinco das acusações, não poderia ter revogado a ordem de prisão. Mas, em vez disso, estamos chegando ao final deste julgamento, e todas as principais evidências foram apresentadas, e agora o tribunal tomou a decisão de revogar o mandado de prisão”, explicou o advogado, ressaltando que a decisão reflete a falta de evidências contra seu cliente.
O Desaparecimento de Madeleine McCann
Madeleine McCann nasceu em 12 de maio de 2003 no Reino Unido e desapareceu na noite de 3 de maio de 2007, quando seus pais, Kate e Gerry McCann, decidiram deixá-la dormindo junto com seus irmãos gêmeos de 2 anos, Sean e Amelie, enquanto jantavam no bar de tapas Ocean Club, durante as férias em Portugal. O casal, que se revezava para verificar as crianças a cada 20 minutos, descobriu que Madeleine não estava mais lá durante uma das visitas às 22h.
O desaparecimento de Maddie se tornou um dos casos mais misteriosos dos últimos anos. Os pais da menina iniciaram uma campanha internacional para encontrá-la, mobilizando o governo britânico e gerando intensa cobertura da mídia europeia.