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Professora da USP diz que Beyoncé erra ao “glamorizar negritude” e é criticada na web

No último domingo (2) a professora da USP e antropóloga Lilia Schwarcz publicou um artigo…

No último domingo (2) a professora da USP e antropóloga Lilia Schwarcz publicou um artigo de opinião na Folha de S.Paulo com críticas ao novo álbum visual de Beyoncé, “Black is King”, lançado no dia 31 de julho. Segundo a historiadora, a cantora “precisa entender que a luta antirracista não se faz só com artifício hollywoodiano, brilho e cristal”.

“Filme de Beyoncé erra ao glamorizar negritude com estampa de oncinha”, lê-se no título do artigo de Lilia Schwarcz. De acordo com a historiadora, a artista retrata uma África “essencial e edílica”. “Quem sabe seja hora de Beyoncé sair um pouco da sua sala de jantar e deixar a história começar outra vez, e em outro sentido”, acrescenta.

“Black is King” foi avaliado por muitos como “afrofuturista”, movimento estético que projeta o futuro a partir da perspectiva negra africana e diaspórica. Na obra, pessoas negras são retratadas como reis e rainhas.

Nas redes sociais, a historiadora foi chamada de racista. No Instagram, a cantora Iza criticou o trecho em que Lilia, que é branca, tenta “ensinar” a uma mulher negra como deve ser feita a luta antirracista.

Após as críticas na internet, Lilia Schwarcz foi às redes sociais e publicou que respeita o trabalho da artista. Ela ainda pediu desculpas para quem se ofendeu com seu texto.

“Respeito muito o trabalho de Beyoncé. Peço que leiam o texto todo que é muito mais elogioso que crítico. Todo texto pode ter muitas leituras. Me desculpo, porém, diante daqueles que ofendi. Não foi minha intenção. Respeito muito o diálogo e aprendo com ele”, escreveu.

https://www.emaisgoias.com.br/beyonce-lanca-o-album-visual-black-is-king-e-o-videoclipe-de-already/