HISTÓRIA

Quem foi Oppenheimer? Conheça a história do criador da bomba atômica

Filme lançado em 2023 soma 13 indicações ao Oscar

Foto: Reprodução/Harvard University

O filme “Oppenheimer”, dirigido por Christopher Nolan e lançado em 2023, se destacou como um dos principais lançamentos do ano passado. O enredo conta a vida do físico J. Robert Oppenheimer, interpretado por Cillian Murphy, e seu papel no desenvolvimento da bomba atômica durante o Projeto Manhattan. 

J. Robert Oppenheimer, nascido em Nova York em 1904, era filho de Julius S. Oppenheimer, um rico comerciante de tecidos alemão, e Ella Friedman, uma artista de ascendência judaica. Sua trajetória acadêmica começou na Universidade de Harvard, onde se formou com honras em 1925, destacando-se em pesquisas relacionadas à matemática e física.

Após a graduação, Oppenheimer realizou pesquisas na Inglaterra e na Universidade de Göttingen, onde obteve seu PhD aos 22 anos. Suas contribuições para a Teoria Quântica, astrofísica e física nuclear marcaram uma década de descobertas científicas significativas.

A década de 1940 trouxe mudanças cruciais na vida de Oppenheimer, coincidindo com o início da Segunda Guerra Mundial. Ele desempenhou um papel fundamental no Projeto Manhattan, liderando a equipe responsável pelo desenvolvimento das primeiras bombas nucleares. A explosão nuclear em Trinity, Alamogordo, em 1945, foi o marco desse esforço, com impactos profundos na guerra.

Após a guerra, Oppenheimer assumiu cargos importantes, mas viu sua carreira cair na década de 1950. Envolvido em debates sobre o uso da bomba de hidrogênio e alvo do macartismo, enfrentou acusações e perdeu seu acesso a documentos sigilosos.

Em 1966, Oppenheimer se afastou do cargo de diretor do Instituto de Estudos Avançados de Princeton devido a problemas de saúde. Em 18 de fevereiro de 1967, faleceu em Princeton, Nova Jersey, após lutar contra um câncer de garganta.

J. Robert Oppenheimer, também conhecido como ‘pai da bomba atômica’, deixou um legado ambíguo. Sua contribuição para a ciência é inegável, mas o peso moral e ético de sua participação na criação de uma arma tão devastadora permanece em discussão.

O físico, que citou versos do Bhagavad Gita após os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, expressou profundo pesar pelos efeitos que suas criações causou a humanidade.