Raquel Motta, do meme ‘3 reais’ processa 56 empresas e pode receber até R$ 8 milhões
Entre as empresas processadas, está o Burger King e o Rappi. "Minha imagem foi usada de drogaria até motel", disse a artesã
Raquel Motta, 35 anos, conhecida pelo meme dos “3 reais”, está processando 56 empresas por uso indevido de imagem. Segundo publicação do site Pequenas Empresas & Grandes Negócios, entre as empresas processadas pela artesã, está o Burger King e o aplicativo Rappi.
Somado, o montante cobrado na Justiça pode chegar a R$ 8 milhões.
Tudo começou quando Raquel foi convidada pelo programa É de casa, da TV Globo, para ensinar como fazer um produto de artesanato sustentável. Ela mostrou o passo a passo para confeccionar uma carteira, cujo custo era de apenas R$ 3.
Após o Fantástico fazer uma montagem repetindo várias vezes o valor citado pela artesã, o vídeo viralizou. Raquel Motta se tornou um fenômeno: o número de seguidores no Instagram passou de 70 para 145 mil. “Fiquei surpresa com a proporção que isso tomou, mas entrei na brincadeira. Comecei a ensinar como fazer artesanato e abri uma lojinha virtual”, diz.
Raquel chegou a ceder sua imagem para comerciais e começou a fazer publicidade nas redes sociais, recebendo de R$ 300 a R$ 10 mil dependendo da ação. Contudo, afirma ela, algumas empresas passaram a usar sua foto sem autorização.
https://www.youtube.com/watch?v=5Yw5veaACwE
“Meus seguidores começaram a me marcar nos posts, indignados. Entrei em contato com uma marca, pedindo para retirarem a imagem do ar, mas falaram que se sentiam no direito de usá-la, já que todo mundo estava usando”, afirma.
A advogada de Raquel Motta mapeou cerca de cem anúncios indevidos e ambas decidiram entrar com processos na Justiça. “A equipe conseguiu montar, até agora, dois processos, contra 58 empresas. Ainda vou processar as outras. É um absurdo o que fizeram. Minha imagem foi usada de drogaria até motel”, desabafou.
O valor de aproximadamente R$ 8 milhões inclui também danos morais — pelo desgaste da imagem de Raquel — e danos materiais, visto que diversas empresas deixaram de fechar contratos com a artesã por ela ter a imagem vinculada a concorrentes.
Até o momento da publicação da matéria no PEGN, o Burger King e o Rappi não tinham enviado uma resposta sobre o caso.
*Com informações do Pequenas Empresas & Grandes Negócios