Reage, Picon, bota um cropped e caia na dança

Vi a chamada que dizia que Jade Picon tem trauma e não participa de nada que envolva dança no Big Brother Brasil. Eu seria o mais completo trouxa se não clicasse em uma nota com esse título. Cliquei, por óbvio. Achei que seria alguma trolagem, mas a parada era séria. E fiquei sensibilizado com a Picon.

Antes de continuar, cabe uma contextualização. Eu não assisto ao BBB e não sabia da existência da influencer milionária antes do programa. Não vejo o programa por que não gosto de TV de forma geral. Gasto meu tempo com outro tipo de entretenimento fútil, que é o futebol. Já disse que o problema não é ver BBB ou acompanhar futebol: o problema de verdade é acompanhar os dois. Mas isso é papo para outra hora.

Da mesma forma que não me interesso pelo programa por não gostar de TV, adoro ler notícia. De tudo quanto é assunto. E como anda tendo muita notícia do BBB, fico sabendo de tudo que rola por lá pela imprensa. Se brincar, sei mais do que se passa na casa de que quem assiste ao programa. E foi assim que fiquei sabendo que a patricinha não participa de nada que envolve dança no BBB.

O motivo: certa vez, ela postou um Tik Tok tempos atrás e recebeu uma zoeira pesada por sua suposta falta de molejo. A coisa virou uma onda na internet, o nome da garota foi parar nos trending topics e tudo mais. Depois disso, ela resolveu que nunca mais se meteria com dancinha. Fui ver o tal do vídeo. Cá entre nós, a zoeira foi uma puta sacanagem com a Picon. Ela não é uma Beyoncé, por óbvio, mas não passa vergonha nenhuma. Dá para disputar pau a pau com uma Katy Perry ou uma Lady Gaga na arte da rebolada.

A real é que ela só caiu nas bocas maldosas do Twitter por ser uma jovem que faz mais dinheiro com um publi em story de Instagram do que a esmagadora maioria de nós fará em uma vida de trabalho duro. É justo? Evidente que não. Mas quem falou que a vida é justa? Nesse contexto, só resta a zoeira pesada como forra em cima de quem tem muito mais que nós.

Picon, não caia no veneno dessas línguas de víboras. Reage, bota um cropped, e caia na pista de dança. Aprendi com Tim Maia que o melhor é dançar enquanto é tempo. E seu tempo é esse. Dance, minha filha, dance.

@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Reprodução