REALITY?

Record faz BBB com médicos de hospital da Universal em documentário

'O Hospital' é comparada a séries médicas americanas, mas com tudo real

Diretor técnico é acusado de assédio sexual em um hospital de Luziânia (Foto: Divulgação)

“Depois de um tempo eles esquecem que a câmera está ali e se soltam.” A frase poderia ser sobre uma nova edição do Big Brother Brasil (Globo), mas fala mesmo é sobre a série documental “O Hospital”, que a Record estreia nesta sexta-feira (18) no PlayPlus e, uma semana depois, na TV aberta.

Quem diz é o chefe de Redação do núcleo de reportagens da emissora, Pablo Toledo, em evento para apresentar a produção à imprensa. Ele afirma que médicos e pacientes serão vistos em momentos delicados pouco vistos até agora nas telas.

“A gente consegue mergulhar bem nesse centro de decisão, de como são tomadas as decisões”, explica. “Vamos ter alta tecnologia, operação robótica, operação cirúrgica minimamente invasiva, mas também martelada, furadeira…”

“Estamos tomando muito cuidado para ninguém sentir repulsa, porque isso não é o principal da série”, avisa sobre as cenas recheadas de sangue e barrigas abertas. “O principal da série é o coração, não do ponto de vista cardíaco, mas do emocional.”

Gravado em formato de reality, ele vai mostrar o cotidiano de médicos e pacientes de casos complexos, com acesso a salas de cirurgias e aos bastidores de um hospital. As gravações começaram em setembro de 2020 e, segundo a Record, acompanhou diversos estágios da pandemia —além de seguir todos os protocolos sanitários.

A produção chegou a ser comparada a ficções como “Plantão Médico” e “Grey’s Anatomy“. “Vai tocar muito no coração do público brasileiro, que tem um histórico de amar séries médicas”, afirma. “No geral, a gente está habituado com séries americanas de ficção.”

“O que essa série traz de inovador é esse ingrediente real”, afirma. “Médico real, paciente real, situação real, um hospital real, atravessando a maior pandemia da saúde pública mundial… tudo é real nessa série.”

“Nós vamos ver a realidade, o que de fato acontece em um centro de excelência de atendimento impecável e excelência em tecnologia”, diz o vice-presidente de jornalismo da Record, Antonio Guerreiro. “A gente vai mostrar esses bastidores e ver a realidade das famílias, da esperança de cura, de como todos nós lidamos nesse momento tão difícil, que é o momento da doença e da perspectiva de um resultado que a gente não tem ideia.”

Essa realidade, porém, não se aplica a todos, já que a série foi toda filmada em um único hospital particular, o Moriah, na zona sul de São Paulo. Não foi por acaso: a instituição pertence ao mesmo grupo empresarial da Igreja Universal, que é também dono da Record.

Questionado sobre o recorte, Guerreiro diz que a emissora já se empenha em mostrar esse outro lado diariamente em sua programação jornalística. “Todo o nosso jornalismo se empenha em mostrar as mazelas, o quanto o povo sofre nessas filas, nesse atendimento precário que infelizmente nós temos na maior parte do país”, afirma. “A ideia foi mostrar como a medicina pode ser feita quando há investimento e condições de atendimento.”

Entre os 11 profissionais de diversas especialidades que serão acompanhados pela série estão o cirurgião cardíaco Robson Poffo, cirurgião plástico Alexandre Munhoz, o ortopedista Marco Demange e o oncologista Raphael Brandão. Ao todo serão 12 episódios.

Nas redes sociais,a série também terá teasers, vídeos de apresentação dos participantes e minidocumentários sobre como funciona o hospital. Além disso, o serviço de streaming da emissora terá cenas extras e making of mostrando os desafios das gravações em meio à pandemia.

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