Roberta Miranda diz que ela e o pai se apaixonaram pela mesma garota
Cantora revelou ainda o motivo de ter escondido bissexualidade

Hoje já não é segredo para ninguém que Roberta Miranda é bissexual. O assunto sexualidade sempre foi um tabu para a cantora mas, na biografia “Um lugar todinho meu – A história inspiradora de Roberta“, lançada recentemente, a artista fez algumas revelações: ela e o pai já se apaixonaram pela mesma garota.
No livro, Roberta explica também que não falava da sexualidade para a família por conta de uma promessa que fez para a mãe. “A minha mãe, até o leito de morte dela, pediu que eu não falasse do meu lado sexual. Você acha que eu não sofri? Que eu não gostaria de mostrar a pessoa que eu amo. Eu já tive grandes problemas com isso: de pessoas me largarem mesmo porque eu não assumia. Era um trato que eu tinha com a minha mãe”, revelou.
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Ela conta ainda que na adolescência se apaixonou por uma amiga chamada Vanda, que costumava dormir na casa dela.
“Dormíamos, ela virada pra lá, eu virada pra cá, e aquela coisa de adolescente, passando a mão, uma coisa tão inocente. E ali, eu acho que eu me apaixonei por ela, e acho que ela se apaixonou por mim”, disse Miranda, relevando ainda que o próprio pai se apaixonou pela tal amiga.
“O meu pai começou a ficar muito agressivo comigo. Depois, eu vim descobrir que era porque ele se apaixonou por ela. Foi quando eu saí de casa. Um dia, ele me contou a verdade: que foi apaixonado pela Vanda”.
Roberta conta que passou 25 anos sem falar com a tal amiga. “Aí eu fui atrás dela, botei todo mundo para ir atrás dela. E consegui. E eu trago a Vanda. Perguntei se ela teve alguma relação com meu pai. Ela disse: ‘Nunca tive. A minha paixão por você seguiu, ele sabia disso, e a gente nunca teve nada'”.
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Leia um trecho da biografia de Roberta Miranda, em que a cantora fala sobre a promessa que fez para mãe de não revelar a sexualidade:
“A rejeição de minha mãe, porém, ficou marcada com muita força em mim. Tanto que prometi para ela, no seu leito de morte, que nunca revelaria minha sexualidade. Naquela época, tudo era muito escondido, carreiras eram destruídas por conta de escândalos sexuais. Sim, porque ser gay era um escândalo, e, se hoje ainda somos o país que mais mata pessoas LGBTQIA+, há 40 anos ainda era bem mais perigoso. Fora a vergonha que gerava nas famílias católicas e na sociedade em geral. Sofri muito e precisei de anos e anos de análise e apoio de pessoas próximas para entender que podia, sim, falar disso sem trair a promessa feita a minha mãe. Os tempos mudaram e, se quero contar minha verdade neste livro, não posso esconder uma parte importante de quem sou. E tenho certeza de que minha mãe, lá de cima, está abençoando minha decisão de dividir antigos segredos com os fãs, que tanto me apoiam, e merecem me conhecer por inteiro”.