Samba e bateria são destaques do desfile da Mangueira
Apresentação foi marcada pela garra dos componentes
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Segunda escola a desfilar neste Domingo de Carnaval, a Mangueira levou para a Avenida um enredo em homenagem às mulheres. Embalada por um excelente samba-enredo, a agremiação empolgou a Sapucaí com uma apresentação marcada pela garra dos componentes.
Comandada por Carlinhos de Jesus, a comissão de frente trouxe um tripé representando um jacarandá, onde, debaixo dele, um menino, vivido pelo ator JP Rufino, sonhava e ouvia histórias contadas por sua avó. O grupo também resgatou a figura de Vó Lucíola, uma das primeiras habitantes do Morro de Mangueira. A coreografia, no entanto, não causou impacto, apesar de ter sido bem executada.
O casal de mestre-sala e porta-bandeira Raphael e Squel esbanjou entrosamento e, mesmo com a chuva, conseguiu se exibir para os jurados de maneira irretocável. Outro destaque foi o desempenho da bateria. Comandado pelos estreantes mestres Vitor Arte e Rodrigo Explosão, o grupo sustentou o ritmo com alta categoria e empolgou as arquibancadas.
Se na parte técnica a Mangueira foi muito bem, o mesmo não se pode dizer do aspecto visual da escola, que apresentou um conjunto irregular de fantasias. Nas alegorias, a agremiação obteve mais sucesso. O terceiro carro, que representava cantoras importantes como Alcione, Leci Brandão e Rosemary, foi um dos mais aplaudidos pelo público.
O trabalho do carnavalesco Cid Carvalho apresentou notória evolução, somente tendo sido prejudicado pelo desenvolvimento do enredo, mas que manteve o fio-condutor claro. Pela segunda vez na noite, o som da Avenida falhou. O problema, no entanto, não prejudicou a escola, diferentemente do que aconteceu com a Viradouro.
Sem vencer desde 2002, a Mangueira fez um grande desfile, pecando apenas na parte plástica, o que pode tirar pontos preciosos na avaliação. (Com O Dia)