Sony afirma que faixas do disco póstumo de Michael Jackson foram cantadas por imitador
Nesta terça-feira (21), no Tribunal de Apelação da Califórnia, a Sony Music admitiu que três…
Nesta terça-feira (21), no Tribunal de Apelação da Califórnia, a Sony Music admitiu que três faixas do disco Michael, primeiro registro póstumo de Michael Jackson, não foram gravadas por ele. As canções teriam sido gravadas em estúdio por Jason Malachi, um imitador do Rei do Pop.
Teorias e acusações de que Jackson não teria gravado algumas faixas do disco já surgem desde 2010, quando o projeto foi lançado. Até mesmo Randy Jackson, um dos irmãos de Michael, questionou até onde as vozes do disco eram realmente do cantor.
À época, tudo foi negado veementemente. Segundo a gravadora, as faixas em questão (Monster, Keep Your Head Up e Breaking News) teriam sido gravadas no porão da casa de Eddie Cascio, dono da produtora Angelikson Productions LLC.
A farsa nas canções do disco foram comprovadas em um processo movido por uma fã de Michael, Vera Serova. Ela acusa James Victor Porte, amigo do cantor, e Eddie Cascio. Além, claro, da Sony Music, que distribuiu o álbum.
Na audiência desta semana, a Sony afirmou, na época, as faixas foram repassadas por Cascio como originais de Michael Jackson. A gravadora teria aceitado, acreditado e colocado no disco.
Provas
Vera Serova comprovou a farsa no tribunal. Ela e a equipe de Michael Jackson apontaram algumas inconstâncias na voz das faixas. Uma delas é a falta de toques com os dedos e pés, que era uma das assinaturas do cantor.
Há ainda o relatório de 41 páginas de um audiologista forense, concluindo que, de fato, não é Michael que canta nas canções.
O Tribunal de Recurso da Califórnia decidirá se a Sony Music será absolvida e poderá continuar a distribuir o disco de Michael Jackson.