Susana Vieira sobre leucemia: “Vira e mexe tenho recaídas”
"A primeira pergunta que eu fiz foi se eu iria morrer e quando?", revelou a atriz sobre quando descobriu a doença
A atriz Susana Vieira, 78, disse que de vez em quando tem recaídas por causa da leucemia que teve em 2015 e que retorna ao hospital para tratamento.
“Eu continuei levando a vida normal. Vira e mexe eu dou uma recaída. Aí vou para o hospital, faço quimioterapia”, comentou em entrevista em uma live da revista Caras.
No bate-papo, a artista revelou como foi o momento quando descobriu estar doente. “A primeira pergunta que eu fiz foi se eu iria morrer e quando? O médico falou assim: ‘não, você não vai morrer disso’. Quando comecei a fazer quimioterapia, eu perguntei se iria ficar careca, porque eu sou muito vaidosa e fútil”, comentou.
Apesar da dificuldade, Susana Vieira diz que procura encarar de forma leve o tratamento. É Ketryn Goetten, casada com filho dela, Rodrigo Vieira, quem a acompanha nas sessões.
“Faço sempre rindo porque eu levo uma pessoa agradável comigo, que é a minha nora, Ketryn, ou minha outra amiga, a Rosângela, elas me fazem rir na quimioterapia.”
Susana Vieira recebeu o diagnóstico de leucemia linfocítica crônica, uma doença que não tem cura. Trata-se de um tipo menos agressivo de câncer que se desenvolve a partir de glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do corpo, geralmente em pessoas idosas.
Ele não impede o desenvolvimento de células saudáveis, costuma progredir mais lentamente do que outros tipos de leucemia e, em alguns casos, não se manifesta durante anos.
Em entrevista ao Fantástico em 2018, a atriz disse que a maior dificuldade era não poder ser independente em determinado momento do tratamento.
“Tiveram que trocar fralda em mim, porque eu não podia me levantar”, lembrou. “Quando eu me vi tão exibida, tão vaidosa, tão dona de mim, tão senhora do destino, com uma enfermeira tendo que trocar a minha fralda, foi muito pesado”, contou Susana Vieira.
Ela continuou. “Acho que quando você fica doente, todos nós que somos produtivos e independentes, existe um medo de ficar dependente e precisar de pessoas em volta para te conduzir”, disse.
“O que eu mais jactava na vida era ter saúde, eu jactava que tinha 50, 60, 70 anos com saúde. Eu tenho pavor de morrer, acho que se a morte chegar eu vou esbofeteá-la”, contou à época.