Cinema

‘Thor: Amor e Trovão’ não será lançado nos cinemas da Malásia

Filme é o segundo em menos de dois meses a ser censurado no país, o anterior foi "Lightyear"

(Foto: Marvel)
Matthew Vilela

A operadora de cinema da Malásia, Golden Screen Cinemas anunciou que “Thor: Amor e Trovão” não terá um lançamento nos cinemas do país. Isso segue os anúncios de duas semanas atrás de que o filme foi adiado indefinidamente.

“Caros clientes valiosos, por favor, estejam informados de que a Disney atualizou que Thor Amor e Trovão da Marvel Studios não será lançado na Malásia, afinal. Agradecemos sua paciência e pedimos desculpas por qualquer inconveniente causado”, disse o GSC em seus feeds de mídia social.

Terminou com a réplica: “Por favor, compre nossa mercadoria, OK”. Essa é a segunda crítica irônica emanada da maior rede de cinema do país em uma semana. Logo após a apresentação da Marvel Studios na Comic-Con, a GSC divulgou o calendário de lançamentos de filmes da Marvel, mas riscou “Thor”.

O adiamento é o segundo lançamento perdido de um filme distribuido pela Disney na Malásia no espaço de dois meses. Em junho, o lançamento da animação da Pixar, “Lightyear”, foi cancelado na Malásia depois que a autoridade de censura do país (LPF) pediu cortes para o filme, entendido como incluindo um beijo do mesmo sexo, para que o filme obtivesse a certificação de lançamento. A Disney se recusou a fazer os cortes e deve lançar “Lightyear” diretamente no serviço de streaming Disney+ no país, o Hotstar. A Malásia foi um dos quase vinte países de maioria muçulmana que se opuseram às nuances homossexuais de “Lightyear”.

A Disney não fez nenhum comentário sobre “Thor”, mas confirmou que o lançamento não irá para a frente. A Variety entende que o LPF voltou a pedir cortes, que o estúdio optou por não fazer.

A dor do GSC com a perda de outro grande título de Hollywood reflete o dano econômico que os cinemas da Malásia sofreram ao longo de dois anos de medidas de controle do Covid. As entradas de cinema caíram de uma média de 77 milhões por ano no período 2017-2019 para apenas 3,72 milhões em 2021. Os expositores também reclamam que a janela teatral no país caiu pela metade de 90 dias para apenas 45 dias.