Cultura

Todas homenagens são poucas para Fernanda Montenegro

Fernanda Montenegro é eleita para a Academia Brasileira de Letras. Sorte da ABL

Foto: Divulgação

Fernanda Montenegro é um ícone. Fernanda Montenegro é gigante. Não há brasileiro vivo maior que Fernanda Montenegro. Se discorda, sorry, você está errado.

Qualquer frase que contenha o maior elogio, o mais hiperbólico possível, a ultramegablaster exaltação da figura de Fernanda Montenegro ainda será insuficiente para dimensionar com exatidão o que ela representa.

Ela foi eleita para a Academia Brasileira de Letras (ABL). Ninguém ousou disputar com ela a cadeira de número 17 que tem como patrono Hipólito da Costa e como último ocupante o diplomata e escritor Affonso Arinos de Mello Franco. A família deste inclusive manifestou alegria com a vitória da atriz para o posto. Quem não gostaria de ter essa felicidade?

Dos 35 votos possíveis, Fernanda recebeu 32. Dois imortais votaram em branco e um nulo. Uma quase unanimidade entre os acadêmicos. Uma quase unanimidade nacional.

Fernanda Montenegro inspira qualquer brasileiro a querer fazer mais e melhor. Sua presença é luz em um país que escolheu brincar de retrocesso na escuridão das trevas que pareciam passado vexatório. Ela é guia, ela é norte, ela é tudo.

Alguns tapados acham que ela não mereceria ser eleita Para a ABL por ter publicado um único livro em sua vida. Repito o que são: tapados. O elegante Tostão não seria descortês como esse escriba e os chamaria de “zé regrinha”.

Fernanda Montenegro merece toda e qualquer honraria que esse país consiga oferecer. Se ela disputar o prêmio de melhor jogador do Brasileirão 2021, Fernanda merece ganhar.

“Ãhn, mas ela não joga futebol”, diriam os tapad…, ops, zé regrinha. Se Fernanda não joga futebol, azar do futebol. Entreguem o prêmio para Fernanda Montenegro que não há mãos melhores para toda e qualquer honraria brasileira.

Neil Young diz que o “rock n’ roll can never die”. Ele não deve conhecer Fernanda Montenegro, o que é uma grave falha curricular do bardo canadense. Se conhecesse, escreveria “Fernanda Montenegro can never die”. E ninguém com mais de dois neurônios discordaria de tamanha obviedade.

@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Divulgação