Para Sempre Paulinha

Viúvo de Paulinha Abelha lança música em homenagem à cantora com trecho inspirado em hit do Calcinha Preta; ouça

"Paulinha, por que me deixou?", diz o refrão da música 'Para Sempre Paulinha'

Foto: Reprodução - YouTube

Viúvo da cantora Paulinha Abelha, Clevinho Santos, está se lançando cantor com uma música feita em homenagem à mulher, morta no dia 23 de fevereiro, aos 45 anos. ‘Para Sempre Paulinha’ é o nome da canção de Clevinho Santana, seu novo nome artístico. “É uma homenagem póstuma em forma de música para o grande amor da minha vida!”, postou ele em seu perfil na rede social.

A letra da música, assinada por Clevinho, Marquinhos Siriguela, Gringo e Pinokio, fala de saudade e da dor da perda. “Não há um só minuto em que eu não penso em ti”, “Olho sua foto e choro” e “O teu sorriso não vai mais brilhar pra mim” são alguns dos versos. No refrão, ele se inspirou em um trecho de “Paulinha”, música do Calcinha Preta que virou hino depois da morte da cantora: “Paulinha, me diz como é que eu faço/ Paulinha, me tira essa dor/ Paulinha por que me deixou”.

Clevinho vive hoje na casa que foi da cantora e ajuda a cuidar do pai dela. A pedido dele a averiguação médica sobre a morte da artista seguiu em andamento até a confecção de um laudo de um perito contratado pela família.

https://www.youtube.com/watch?v=TqMJZeU59o0

O que aconteceu com Paulinha Abelha

No dia 8 de fevereiro, a vocalista do grupo participou de um episódio do podcast Podpah. Logo no início, disse que teve um “passamento”, que explicou como um desmaio, minutos antes, mas que já estaria melhor. No dia 11 de fevereiro, ela passou mal durante uma turnê realizada em São Paulo. O motivo: problemas renais. Paulinha foi, então, internada no Hospital da Unimed de Aracaju.

Na terça (15), novo boletim médico informou que Paulinha foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), “hemodinamicamente estável, realizando terapia renal substitutiva, sem quadro de infecção”. Ainda segundo o comunicado divulgado nas redes da cantora e do grupo, ela estava realizando exames para “melhor elucidação do quadro”, que segundo o documento, ainda era considerado estável.

Na quarta-feira (16), novo comunicado informou que ela permanecia internada no leito da UTI, com quadro estável, e sem “intercorrências clínicas nas últimas 24 horas”. Na quinta-feira (17), veio a notícia do coma, resultado de uma “piora clínica nas últimas 12 horas”. Esse boletim saiu no final da tarde e dizia ainda que haveria uma transferência hospitalar, que não era possível por conta de “instabilidade neurológica”. Por conta disso, ela não tinha “condições seguras” para realizar a mudança de hospital. Isso aconteceu na noite do mesmo dia, quando Paulinha passou a ser acompanhada por um médico que se deslocou de São Paulo para Aracaju.

Na sexta-feira (18), o boletim médico informou: “O Hospital Primavera informa que a paciente Paula Menezes Leca Viana foi admitida nesse hospital no dia de ontem, 17 de fevereiro, em uma Unidade de Terapia Intensiva devido quadro de coma em investigação. No momento, encontra-se clinicamente estável, quadro infeccioso controlado e respirando com suporte de aparelhos”. O Primavera é o hospital para onde a cantora foi transferida na quinta-feira (16).

No sábado (19), o primeiro boletim, liberado na parte da manhã, disse que ela tinha “estabilidade clínica, sem necessidade de drogas para a manutenção da vida”. “Destacamos que após investigação com exames complementares foram afastadas doenças infecciosas de interesse epidemiológico para a comunidade”. A Covid-19, portanto, foi descartada. O comunicado médico do fim do dia registrou que ela seguia na UTI, sem febre, em coma persistente e “em suporte ventilatório invasivo”. Ou seja, ainda respirando com a ajuda de aparelhos.

Quem foi Paulinha Abelha?

Paula de Menezes Nascimento Leça Viana, mais conhecida como Paulinha Abelha, estava no Calcinha Preta desde 1998, quando entrou por indicação de Daniel Diau, cantor que havia ingressado recentemente na banda. Nascida em Alagoinhas, Bahia, mudou-se muito nova para Simão Dias, pequena cidade de pouco mais de 40 mil habitantes do interior de Sergipe, onde começou a cantar aos 12 anos em corais de igreja e trios elétricos. Ainda jovem, fez parte das bandas Flor de Mel e Panela de Barro, mas precisou interromper a carreira por dificuldades financeiras. O apelido “Abelha” foi herdado do pai, a quem todos se referiam assim.