Zé Neto e Cristiano retornam aos palcos após pausa para tratamento de saúde
Em entrevista ao Fantástico, sertanejo abriu o coração sobre o afastamento e retorno
Após três meses afastados, a dupla Zé Neto e Cristiano está de volta aos palcos com shows no Brasil e no exterior. A pausa foi motivada pelo tratamento de Zé Neto, que enfrentou depressão e síndrome do pânico. Em entrevista ao Fantástico, os sertanejos abriram o coração sobre o período difícil e a retomada da carreira.
“Acho que vinha aquele peso: ‘Eu vou parar essa máquina, esse sonho que a gente construiu? O que meu parceiro vai fazer?'”, desabafou Cristiano.
A dupla recebeu a equipe do programa em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, na véspera de seu show de retorno. “Bom demais, né? Essa volta, estar ao lado desse cara que eu amo demais”, disse Zé Neto sobre o parceiro.
Os amigos de infância iniciaram a carreira profissional em 2011 e alcançaram o sucesso cinco anos depois, com o primeiro DVD. O ritmo intenso, com até 34 shows em um mês, cobrou seu preço. “Eu estava saturado porque já não estava mais entregando o que a dupla se propõe a entregar”, revelou Zé Neto.
A situação levou Cristiano a considerar encerrar a parceria. “Fiz uma reunião com ele e os empresários e falei: ‘Eu vou parar, mas por ele’. Aí ele [Zé Neto] disse: ‘Se você parar Zé Neto e Cristiano, que é a única coisa que me mantém vivo, você vai acabar comigo'”, relembrou Cristiano.
Natália Toscano, esposa de Zé Neto, relatou momentos antes de um show: “Ele disse: ‘Eu não consigo, não vou'”. Zé Neto descreveu um episódio de síndrome do pânico: “Eu comecei a tremer, meu coração disparou, meu rosto formigou. Eu dizia: ‘Estou morrendo'”.
O cantor também lamentou ter usado cigarro eletrônico, considerando-o um agravante para sua depressão. “Foi uma das piores coisas que aconteceram comigo. Acho que ele foi um grande culpado de a minha depressão ter piorado.”
Durante o afastamento, Zé Neto enfrentou ainda acidentes e sequelas da Covid-19, que contraiu cinco vezes.
A dupla explicou ainda que esse retorno vem com uma agenda mais enxuta, realizando até 12 shows por mês. “Pode ser menos ou mais”, afirmaram.