Primeiros passos

A saga de Michael no Goiânia

Craque que joga na Arábia enfrentou resistência quando esteve no Galo

Michael com a camisa do Goiânia, em seus primeiros passos como atleta profissional. Foto: Divulgação

Quando esteve no Goiânia em 2016, Michael já encantava, com seus dribles e gols, mas era desprestigiado pela comissão técnica. Quem conta é o ex-presidente do Galo, Eduardo Machado, atual presidente do Detran-Go. Na pré-temporada do time, em Marzagão, para o Campeonato Goiano da Segunda Divisão, o dirigente se surpreendeu com a quantidade de pessoas que assistia ao treino. Em coro, a torcida gritava “porrinha, porrinha, porrinha”!

O presidente perguntou a um membro da comissão técnica: “o que é isso”? Ouviu a seguinte resposta: “É um jogador nosso, o Michael, tem apelido de Porrinha. Não vira nada não. É peladeiro”. No outro dia teve um amistoso, contra o Novo Horizonte de Ipameri . Michael entrou no segundo tempo e barbarizou com suas jogadas individuais.

Intrigado, Machado cobrou uma posição da comissão técnica sobre aquele jogador. Em vão. Michael iniciou o campeonato na reserva, pouco entrava e o Goiânia só perdendo. Faltando três rodadas, o treinador Zé Mário teve um problema de saúde e foi se tratar no Rio de Janeiro. Michael virou titular e contribuiu para tirar o time do rebaixamento.

Fim de campeonato, o elenco se desfez e Michael, no ano seguinte, foi para o Goianésia, quando, em um jogo transmitido pela televisão, fez três gols em cima do Vila Nova. Foi imediatamente contratado pelo Goiás e iniciou assim sua trajetória de sucesso.