Tirar a Máscara

Adson Batista diz ter liberdade com repórter, mas admite que “não deveria ter feito aquela brincadeira”

Presidente do Atlético Goianiense lamenta ocorrido, mas diz ter brincado com jornalista que conhece por muitos anos

Adson Batista falou sobre saída de Marcelo Cabo. Foto: Bruno Corsino - ACG

Dias após vencer o Flamengo e encerrar a temporada com uma polêmica, o presidente do Atlético Goianiense se pronunciou sobre o ocorrido. Adson Batista tirou a máscara do repórter Juliano Moreira, da Rádio BandNews, e disse “nós somos Bolsonaro”. Pelo momento que o país ainda vive, o vídeo repercutiu de maneira negativa sobre o dirigente do rubro-negro.

Após a euforia de superar a melhor campanha do clube na história da Série A passar, Adson Batista lamentou o ocorrido. O presidente do Atlético Goianiense admitiu que não deveria ter retirado a máscara do jornalista. Naquela ocasião, os repórteres se aproximaram do dirigente para a tradicional entrevista após o jogo.

“Eu não deveria ter feito aquela brincadeira pelo o que o país vive no momento. Eu tenho que ser racional, preciso respeitar a doença que levou amigos nossos, levou pessoas maravilhosas. As vezes eu fiz uma brincadeira inoportuna, as vezes fiz até piores, sou uma pessoa feliz, alegre, tinha vencido por 2 a 0 o Flamengo. Terminei o campeonato com chave de ouro, com um time com muitas dificuldades, mas que está ficando forte pelo modelo de gestão e pelo respeito que tenho com as pessoas”, disse Adson Batista em entrevista para a Rádio Sagres.

Sem saber que já estava sendo filmado, Adson Batista afirmou que brinca com quem tem liberdade para isso. Sem transferir a culpa para outra pessoa, o dirigente também disse não ser “partidarista”, e que vota em quem ele entender que é a melhor opção, independente de ser de direita ou de esquerda.

“Eu brinquei com o repórter, pois tenho liberdade para isso, conheço ele tem uns 14 anos. Até achei que não estava sendo gravado, mas não julgo quem fez, pois estava fazendo o próprio trabalho. Não vou me arrumar culpado, eu assumo o que faço. Estava muito feliz por vencer o Flamengo, melhor campanha e estava muito eufórico, não deveria ter feito aquilo. Eu não sou partidarista, se o da esquerda for o melhor do mundo eu vou com ele, e também se for o da direita”, completou Adson Batista.