Arquibancada vazia e racista

Foi decepcionante o público do jogo em que o Goiás venceu o Atlético por 1 a 0, no Estádio Antônio Accioly, pelo Campeonato Brasileiro. Apenas 4.683 pagantes, no mesmo dia em que Flamengo e Botafogo levaram 54.981 torcedores ao Mané Garrincha, em Brasília.

Mas Flamengo é Flamengo. Não se compara. O certo é que o Atlético está jogando com pouca gente no estádio. Outro fato lamentável foi o caso de injúria racial de um torcedor, que teria ofendido o volante Felipe Bastos, do time esmeraldino. Virou caso de polícia e exige providências da diretoria rubro-negra.

O maior público do Atlético foi exatamente no jogo contra o Flamengo (1×1), pela primeira rodada, com 9.904 pagantes. Contra o Botafogo (1×1) deu 3.928 torcedores. Pouco. Os jogos pela Copa Sul Americana contra LDU e Defensa y Justicia levaram menos de 5 mil pessoas cada.

A grande decepção ficou mesmo por conta do público do clássico. Não se admite um jogo de Série A, com uma rivalidade local, levar menos de 5 mil pessoas. Ficou feio a imagem da transmissão do jogo para todo Brasil, mostrando arquibancadas vazias em um estádio que nem cabe tanta gente assim. Seria melhor abrir mais espaço para a torcida rival.

Está na hora de repensar a questão de torcida única. Ou então que busque alternativas para levar mais gente ao estádio. Futebol com arquibancada vazia, não tem graça. Com atos de racismo, fica pior ainda.