Mundial de Clubes

Arrebenta aí, Michael

Ouvi falar de Michael pela primeira vez, em 2015, quando ainda trabalhava na TV Anhanguera.…

Ouvi falar de Michael pela primeira vez, em 2015, quando ainda trabalhava na TV Anhanguera. Um rapaz chamado Osvaldo, assistente de Estúdio no Bom Dia Goiás e que jogava no Monte Cristo, me disse: “Tem um menino aí, um tal de Porrinha, que joga em qualquer time”. Não levei a sério. Era Michael, que desfilava seu talento também pelos campos de várzea da grande Goiânia e, por causa da má fama de envolvimento com drogas, que carregava naquela época, era sempre rejeitado pelos clubes por onde passava.

Mas Michael é a marca da superação. Dois anos depois, tive a oportunidade de narrar, em Goianésia, os três golaços do craque na vitória do time da casa sobre o Vila Nova por 5 a 1, pelo Campeonato Goiano. Dias depois, ele já se apresentava no Goiás, como uma aposta, que virou realidade, com grandes atuações e gols na campanha do acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro.

De ídolo esmeraldino para ídolo do Flamengo, artilheiro e revelação do Brasileirão, depois de superar dificuldades também no clube carioca. O craque bateu asas e chegou ao Al-Hilal, da Arábia Saudida, na transação de R$ 45 milhões, às vésperas do mundial de clubes. Reserva na no primeiro jogo – vitória sobre o Al-Jazira dos Emirados Árabes Unidos (6×1) – entrou nos minutos finais e, mesmo assim, teve boa participação.

Se o técnico do Al-Hilal, o português Leonardo Jardim, conhecer a história de Michael, vai aproveitá-lo melhor no jogo diante do Chelsea, nesta quarta-feira. Escala o Michael, professor! Faça como Jorge Saran, do Goianésia; e Ney Franco, do Goiás. Aposte no talento e seu time se dará bem.