Atleta de Belarus, que foi obrigada a deixar as Olimpíadas, leiloa medalha para ajudar vítimas de repressão
Krystsina Tsimanouskaya recebeu asilo humanitário na Polônia
Krystsina Tsimanouskaya, de Belarus, foi obrigada a deixar os Jogos Olímpicos de Tóquio, após criticar seus treinadores. Depois de denunciar o caso, a atleta recebeu asilo humanitário da Polônia. Agora, para evitar que outros atletas passem o mesmo que ela, a velocista decidiu leiloar a medalha de prata conquistada nos Jogos Europeus de 2019, para ajudar quem sobre perseguição pelo regime do ditador Aleksandr Lukashenko.
A Fundação Belarussa de Solidariedade no Esporte, que apoia atletas presos ou afastados devido a posição política, destacou que a medalha está sendo leiloada a pedido de Tsimanouskaya em apoio aos atletas de Belarus. A medalha está sendo leiloada no site eBay e nesta segunda (9) já havia chegado ao valor de US$ 5.200, mais ou menos R$ 27 mil.
Tsimanouskaya foi obrigada a deixar Tóquio um dia antes da disputa dos 200 metros rasos. Porém no aeroporto, ele conseguiu ajuda da polícia japonesa e do Comitê Olímpico Internacional. Com a repercussão internacional, ela ganhou asilo humanitário na Polônia. Um técnico e um dirigente de Belarus foram expulsos da Vila Olímpica, além de um inquérito que foi aberto para investigar o caso.