Atletas brasileiros vencem recurso em corte arbitral e vão competir em Paris
Os atletas, que conseguiram nas pistas índices que garantiam a ida para os Jogos, não foram submetidos a três testes antidoping surpresa em um intervalo de dez meses antes das Olimpíadas
MACEIÓ, AL (FOLHAPRESS) – Livia Avancini (arremesso de peso), Max Batista (marcha atlética) e Hygor Gabriel (revezamento 4 x 100 m) poderão competir em Paris após vencerem um recurso na CAS (Corte Arbitral do Esporte).
“Feliz demais. Acabou de acontecer. Muita emoção. Estamos correndo para ir para a abertura”, diz Avancini à reportagem.
O trio havia sido impedido de participar dos Jogos por causa de uma resolução da World Athletics, que previa uma quantidade mínima de testes antidoping no período antes das Olimpíadas. A Confederação Brasileira de Atletismo (CBat) apresentou recurso e levou os três a Paris na segunda-feira (22).
“Depois de dias tensos e intensos, vencemos essa batalha e é com imensa alegria que anuncio: vou para as Olimpíadas de Paris!”, escreveu Max Batista nas redes sociais.
Hygor Gabriel postou uma imagem de lágrimas e escreveu “estamos nas Olimpíadas”.
“O Comitê Olímpico do Brasil (COB) recebeu nesta sexta-feira comunicação de que os atletas Livia Avancini, Max Batista e Hygor Bezerra foram autorizados pela Corte Arbitral do Esporte a participar dos Jogos Olímpicos Paris 2024. Os três serão incorporados à Missão Brasileira de imediato”, disse o comitê brasileiro em nota.
Os atletas, que conseguiram nas pistas índices que garantiam a ida para os Jogos, não foram submetidos a três testes antidoping surpresa em um intervalo de dez meses antes das Olimpíadas.
A responsabilidade da testagem era da ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem), a partir de nomes enviados pela CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo).
A regra dos três testes é nova. Foi definida em fevereiro deste ano pela World Athletics, que, aceitando uma recomendação da Athletics Integrity Unit responsável pelo antidopoing no atletismo, impôs a atletas de Brasil, Peru, Equador e Portugal a obrigação de passarem pelos três exames surpresa nos dez meses que antecedem os Jogos.
Na época, a decisão foi tomada porque brasileiros haviam disputado os últimos mundiais com média insuficiente de testagem.