O Atlético Mineiro abriu ótima vantagem em cima do Cruzeiro na decisão da Copa do Brasil. Nesta quarta-feira, no estádio Independência, em Belo Horizonte, a equipe alvinegra venceu o maior rival por 2 a 0 e agora pode até perder por um gol de diferença no próximo dia 26, no estádio do Mineirão, que conquistará o troféu nacional pela primeira vez.
O Cruzeiro tentou pressionar no começo do jogo. Com a marcação bem acima da intermediária, o Atlético tinha dificuldade para sair jogando. Contudo, a blitz celeste durou pouco tempo. Logo aos 9 minutos, o lateral-direito alvinegro Marcos Rocha passou como quis por Samudio e cruzou na medida para Luan cabecear sem chances para o goleiro Fábio – o atleticano estava impedido na hora da conclusão, mas em um lance em que não se pode condenar o bandeirinha.
O gol explodiu o Independência. Com o gol, o Atlético assumiu o controle do jogo e passou a jogar um pouco mais recuado, tentando encaixar um contra-ataque. O problema é que o Cruzeiro também não saía de trás e apresentava um futebol pobre, que nem de longe lembrava o da equipe que lidera o Campeonato Brasileiro ou o do time que buscou o empate em 3 a 3 com o Santos na semifinal.
Com espaço, o Atlético foi aos poucos empurrando o Cruzeiro em seu campo e assim teve mais boas chances na primeira etapa – a melhor com o meia argentino Jesús Dátolo, que bateu firme para ótima defesa de Fábio.
Até o final do primeiro tempo, o jogo seguiu no mesmo ritmo, o que era imposto pela equipe de Levir Culpi, sem nenhum incômodo pelo lado da equipe de Marcelo Oliveira.
O segundo tempo começou mais pegado, com o Cruzeiro tentando mostrar que também buscava um bom resultado para o jogo decisivo do próximo dia 26, no Mineirão. O problema é que seu sistema ofensivo continuava burocrático, sem a criatividade de outros jogos. A equipe fazia lançamentos longos e não tentava trocar passes curtos e em velocidade, como tem feito durante boa parte de seus jogos nesta temporada.
Desta forma, o Atlético era mais perigoso e mais insinuante em suas jogadas de ataque. O resultado veio logo. Aos 13 minutos, mais uma vez Marcos Rocha foi decisivo. Primeiro, bateu lateral na área, que foi afastado pela zaga cruzeirense. No mesmo local, na segunda cobrança, a bola foi para Carlos, que ajeitou para Dátolo encher o pé e fazer o segundo gol dos donos da casa.
O segundo gol do maior rival minou o Cruzeiro. O time parecia sentir o cansaço da sequência de jogos a que vem sendo submetido – no último domingo, pelo Brasileirão, os titulares celestes tiveram um jogo duro contra o Criciúma, enquanto que no sábado os reservas do Atlético jogaram contra o Palmeiras.
A equipe azul passou a tentar chegar ao gol com chuveirinhos. Quase conseguiu em uma boa sequência de escanteios. Mas era mesmo dia do Atlético. Com calma, o time colocou a bola no chão e fez o tempo passar. Ainda perdeu ótima chance de fazer o terceiro gol e praticamente assegurar o título em ótima tabela de Carlos e Diego Tardelli, que bateu forte para o gol para excelente defesa de Fábio.
Falta pouco para o Atlético conquistar a Copa do Brasil pela primeira vez. Mas, pelo o que o Cruzeiro já mostrou nos últimos tempos, poderá reverter o placar. Para isso, precisará fazer seu melhor jogo do ano.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG 2 x 0 CRUZEIRO
GOLS – Luan, aos 8 minutos do primeiro tempo; Dátolo, aos 13 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Josué (Atlético-MG); Samudio (Cruzeiro).
ÁRBITRO – Marcelo de Lima Henrique (Fifa/RJ).
RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.
LOCAL – Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG).
ATLÉTICO-MG – Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Jemerson e Douglas Santos; Josué, Leandro Donizete, Dátolo e Luan (Marion); Diego Tardelli e Carlos. Técnico: Levir Culpi.
CRUZEIRO – Fábio; Mayke, Léo, Bruno Rodrigo e Samudio; Henrique, Lucas Silva (Nilton), Everton Ribeiro (Júlio Baptista) e Ricardo Goulart (Dagoberto); William e Marcelo Moreno. Técnico: Marcelo Oliveira.