Comparação

Atlético-MG tem folha salarial maior do que dos 11 rivais no Mineiro juntos

Em busca do tricampeonato estadual, o Atlético gasta mais com futebol do que todos os outros 11 clubes do Mineiro juntos

Com três títulos conquistados na última temporada, elenco do Atlético-MG está valorizado no mercado. Foto: Pedro Souza - Atlético-MG

Disputado desde 1914, o Campeonato Mineiro já teve o América-MG decacampeão (1915-1926), o Atlético-MG hexacampeão (1978-1983) e o Cruzeiro pentacampeão (1965-1969). Hegemonias que foram construídas em outras épocas do futebol, desde o amadorismo no esporte aos primeiros anos de operação do Mineirão. Mas em nenhuma delas houve uma diferença financeira tão grande entre um dos clubes em comparação com os rivais, como existe agora. Em busca do tricampeonato estadual, o Atlético gasta mais com futebol do que todos os outros 11 clubes do Mineiro juntos.

Entre saídas e chegadas, a folha mensal do Atlético com o futebol caiu cerca de R$ 2 milhões e está na casa de R$ 13 milhões. Somando Cruzeiro, América e os demais clubes do interior, a quantia destinada por todos com salários não chega a R$ 10 milhões por mês. A diferença nas finanças fica evidente na comparação dos elencos de cada um.

Enquanto o Atlético tem jogadores como Hulk, Nacho, Arana, Allan, Vargas, Zaracho, Godín e outros mais, os rivais locais se contentam com opções muito mais modestas. O América, por exemplo, vai jogar a Copa Libertadores pela primeira vez na história. O Coelho tem apostado em jogadores experientes e livres no mercado, casos do goleiro Jaílson e do atacante Wellington Paulista. Já o Cruzeiro gastou apenas R$ 600 mil na compra do atacante Edu. Os demais contratados foram sem custos para a Raposa.

O que faz do Atlético o grande favorito ao Mineiro. Recém-chegado à Cidade do Galo, o técnico Turco Mohamed já sabe que não há outra opção além de ser campeão estadual. “Aqui o sucesso é ser campeão. Sair em segundo lugar, aqui não é bom. É um desafio muito importante”.

Por mais que o Mineiro esteja longe das prioridades atleticanas para 2022, o calendário nacional faz com que o torneio local tenha lugar de destaque. O Brasileirão, a terceira fase da Copa do Brasil e a fase de grupos da Copa Libertadores só vão disputados após o término do Estadual, em abril. Portanto, até lá, o único compromisso do Atlético além das montanhas será a Supercopa do Brasil, diante do Flamengo, dia 20 de fevereiro, em local ainda não definido pela CBF.

“O Campeonato Mineiro vai me dar a oportunidade de conhecer todos os jogadores muito mais, e aos que menos participaram que tenham mais minutos. Vamos nos preparar para o dia 20, para chegar muito forte na final da Supercopa, contra o Flamengo, é o máximo objetivo, chegar forte no dia 20 de fevereiro”, completou Turco Mohamed.

Importante ou não, o Atlético terá força máxima no Estadual a partir da próxima rodada, o que só aumenta o favoritismo alvinegro.