EX-JOGADOR

Autópsia aponta que Maradona sofreu infarto enquanto dormia, diz jornal

Conforme a publicação, Maradona morreu por uma "insuficiência cardíaca aguda, congestiva e crônica", o que gerou um acúmulo anormal de líquido no pulmão

Diego Armando Maradona sofreu um infarto enquanto dormia, segundo resultado preliminar da autópsia revelado nesta quinta-feira (26) pelo jornal argentino “La Nación“. Conforme a publicação, Maradona morreu por uma “insuficiência cardíaca aguda, congestiva e crônica”, o que gerou um acúmulo anormal de líquido no pulmão.

O jornal disse também que a autópsia foi realizada no hospital de San Fernando e a conclusão do laudo foi confirmada por cerca de cinco especialistas entre “médicos peritos oficiais e um perito da família“. Exames toxicológicos devem revelar em uma semana se houve a ingestão de remédios, drogas ilícitas ou álcool. 

Maradona morreu aos 60 anos em sua casa na região do Tigre, próximo Buenos Aires.

Morte

O jornal “La Nación” disse que peritos determinaram a morte de Maradona às 12h de quarta-feira (25), horário que coincide com a chegada da ambulância e da polícia. Segundo testemunhas, a última pessoa que viu o ex-jogador com vida foi o sobrinho, às 23h de terça-feira (24). Além dos dois, estavam na casa uma assistente, uma enfermeira, uma cozinheira e um segurança.

Às 11h30 de quarta, o psicólogo e a psiquiatra pessoal de Diego Maradona chegaram à casa e chamaram por Maradona, que parecia estar dormindo e não respondeu. Eles então chamaram o sobrinho e a assistente, que tentaram acordá-lo.

Quando perceberam que ele estava sem sinais vitais, chamaram a enfermeira e a psiquiatra, que fizeram manobras cardiorrespiratórias para tentar ressuscitá-lo. Foi então que a ambulância foi chamada.

Eles ligaram para diversas empresas que fazem o serviço e, neste intervalo, pediram também para a guarda do condomínio chamar um medico. Um cirurgião vizinho do bairro foi ao local e continuou com as manobras de reanimação.

Quando o serviço de emergência chegou, Maradona recebeu doses de adrenalina e atropina (que previne arritmia cardíaca).  A equipe continuou com as manobras até sua morte ser confirmada.

“A ambulância demorou mais de meia hora a chegar, o que foi uma idiotice criminosa. Este fato não deve ser esquecido e peço que as consequências sejam apuradas até ao fim”, disse Matías Morla, advogado de Maradona em nota.

Ele também disse ser “inexplicável que, por 12 horas, meu amigo não tenha recebido atenção ou controle da equipe dedicada para estes fins”.

Cirurgia no cérebro

No início deste mês, o ex-jogador de futebol havia passado por uma cirurgia no cérebro. Ele recebeu alta oito dias depois, após drenar uma pequena hemorragia cerebral.

Na ocasião, o médico Leopoldo Luque afirmou na ocasião que a cirurgia era considerada simples, mas havia preocupação pela condição de saúde de Diego.

*Com informações do G1

*Laylla Alves é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Hugo Oliveira