Jogos Olímpicos

Bala Loka fica sem medalha na final na estreia do Brasil no BMX Freestyle em Paris 2024

Diferentemente do classificatório, que somava as duas notas, a pontuação da final considerava a melhor corrida

Gustavo Bala Loka ficou na sexta colocação e sem a medalha na final. Foto: Gaspar Nobrega - COB

DEMÉTRIO VECCHIOLI E ANDRÉ MARTINS
PARIS, FRANÇA, E SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Gustavo Batista de Oliveira, o Bala Loka, fez uma final histórica no Ciclismo BMX Freestyle nas Olimpíadas de Paris, mas ficou fora do pódio. Foi a estreia do Brasil na modalidade..

Bala Loka fez 90.2 em sua primeira corrida. O brasileiro acertou todas as suas manobras na pista durante a apresentação de um minuto, com diversos giratórios aéreas e 360º no ar. Foi o segundo a entrar na pista e deu show, melhorando as notas que tirou nas duas corridas no classificatório.

Porém, ele não conseguiu melhorar a nota na segunda tentativa e não tem mais chances de pódio. Diferentemente do classificatório, que somava as duas notas, a pontuação da final considerava a melhor corrida.

O brasileiro de 21 anos fez a sua estreia olímpica. Ele é o 8º do ranking, ficou no top 10 no último Mundial da modalidade e conquistou o bronze no Pan-Americano de Santiago. Se classificou com média de 85.79 pontos em suas duas voltas, terminando em oitavo das nove vagas na final.

A modalidade entrou nos Jogos na última edição, em Tóquio-2020, mas não teve nenhum brasileiro na disputa. O campeão foi o australiano Logan Martin.

Bala Loka carrega o apelido desde os sete anos, quando tentou um salto em uma rampa alta para a idade. Foi rápido demais, caiu e desmaiou, mas ficou marcado para sempre após ter impressionado quem estava na pista pela velocidade e ousadia. É natural de Carapicuíba, em São Paulo.

COMO FOI A PROVA

Foi o segundo a entrar na pista e deu show, passando a casa dos 90. Ele melhorou as notas que tirou nas duas corridas no classificatório para assumir a liderança provisória. No entanto, ocupou o posto por pouco tempo, já que o argentino José Torres Gil teve uma performance gigantesca. A nota até demorou a sair e gerou momentos de apreensão para o argentino, mas a espera valeu a pena: recebeu 94,82, a maior nota até então, considerando também as do classificatório.