Brasil surpreende o favorito Canadá e seus astros da NBA na Copa do Mundo de basquete masculino
O Brasil volta às quadras no domingo, às 6h45, diante da Letônia
A seleção brasileira conquistou uma virada incrível nesta sexta-feira para bater o Canadá, repleto de astros da NBA, por 69 a 65, no primeiro jogo da segunda fase da Copa do Mundo de basquete masculino, em Jacarta, na Indonésia. A equipe comandada por Gustavo de Conti terminou o primeiro tempo perdendo por 10 pontos de diferença, mas reagiu, liderada por uma ótima atuação de Yago, especialmente no último quarto. Bruno Caboclo, com 19 pontos, Gui Santos, com 10, e Lucas Dias, com oito, também se destacaram.
Foi a sexta vitória de um histórico de seis duelos com os canadenses em Mundiais. Com o resultado, todas as seleções do grupo do Brasil estão com três vitórias e uma derrota – os resultados da primeira fase são carregados para a segunda. Diante de tal cenário, os brasileiros dependem apenas de si para conseguir uma das duas vagas nas quartas de final. Terá de vencer a Letônia, em duelo marcado para domingo, às 6h45.
“Desde que o Canadá caiu no nosso caminho, o plano da nossa comissão técnica era diminuir a velocidade do jogo. Parabéns para os nossos jogadores que cumpriram a risca o que treinamos e conseguiram controlar o jogo em todos os momentos para frear o Canadá, que é uma equipe espetacular”, afirmou Gustavo De Conti.
“Grande vitória do nosso time, mas não tem nada definido, precisamos buscar mais uma vitória para conseguir a nossa classificação para a próxima fase e continuar lutando pela vaga olímpica”, acrescentou Bruno Caboclo.
O Brasil não se intimidou diante de nomes conhecidos da NBA, como Shai Gilgeous-Alexander, do Oklahoma City Thunder, e o provocador Dillon Brooks, do Memphis Grizzlies. Com um ótimo início de Bruno Caboclo, que começou acertando uma bola de três para colocar 3 a 2 no placar durante as primeiras ações, e Yago, abrindo espaços, os brasileiros se organizaram bem em quadra, chegaram a abrir sete pontos de diferença e fecharam o primeiro quarto com vitória parcial de 16 a 13.
O desenho da partida mudou rapidamente no período seguinte. Após certo equilíbrio nos primeiros lances, o Canadá começou a dominar as ações e foi muito superior. A seleção brasileira se viu com uma desvantagem de dez pontos e chegou aos minutos finais arriscando bolas de três, sem sucesso, errando arremessos seguidos. Assim, foi para o banco amargando um 37 a 27 a favor dos adversários.
O Brasil voltou a equilibrar as ações no terceiro quarto, muito em razão da boa entrada de Lucas Dias e da intensidade aplicada pela equipe na defesa, neutralizando as jogadas dos astros canadenses em diversas ocasiões. Depois do fim preocupante da primeira metade, a diferença de 52 a 48 indicava que os comandados de Gustavo de Conti seguiam vivos no jogo.
No último quarto, a atuação brasileira foi praticamente impecável para alcançar a vitória. A seleção começou o segundo quarto diminuindo para 52 a 48. Lucas Dias fez de três, em seguida, para deixar 52 a 51 no marcador, antes de o empate finalmente chegar, em lance livre convertido por Gui Santos. A resposta canadense era sempre rápida, mas a determinação brasileira não foi reduzida em nenhum momento.
Yago chamou a responsabilidade, orientando os companheiros para colocar em prática a estratégia proposta por De Conti. A ideia era desacelerar o jogo e evitar o máximo possível a troca de posse da bola. A virada veio com Bruno Caboclo, que colocou 60 a 59 no placar, e o Canadá chegou a empatar em um lance livre gerado após uma posse de bola polêmica dada ao Canadá pela arbitragem. Dort errou o primeiro arremesso e só acertou o segundo. Em seguida até porque, Yago invadiu o garrafão e fez 62 a 60.
Uma cesta de três do Canadá restando 45 segundos causou preocupação, mas não valeu, pois já havia estourado o tempo da posse de bola. Então, Yago entrou em ação para deixar a situação mais tranquila, passando por Dillon Brooks para aumentar a vantagem para 64 a 60. Gui Santos marcou os últimos pontos brasileiros e Bruno Caboclo converteu um lance livre nos milésimos finais para fechar a emocionante vitória em 69 a 65.