Bélgica sofre, mas busca virada sobre o Japão e encara o Brasil nas quartas
Na maior virada desta Copa do Mundo até agora, a Bélgica obteve grande feito nesta…
Na maior virada desta Copa do Mundo até agora, a Bélgica obteve grande feito nesta segunda-feira ao vencer o Japão por 3 a 2, em Rostov, e se credenciar para o confronto com a seleção brasileira nas quartas de final. Favoritos, os belgas levaram 2 a 0 no início do segundo tempo, mas buscaram a reviravolta no marcador em apenas 25 minutos e eliminaram os japoneses.
O inesperado placar foi todo construído no segundo tempo. O Japão, classificado às oitavas pelo número de cartões, abriu o placar com dois gols em apenas quatro minutos e surpreendeu as arquibancadas. Haraguchi e Inui balançaram as redes. Mas a reação belga foi fulminante, com Vertonghen, Fellaini e Chadli, que entraram em campo quando a Bélgica já perdia por 2 a 0.
O terceiro gol coroou uma forte reação de uma das favoritas ao título no Mundial da Rússia. Com o resultado, a chamada “geração belga” ao menos iguala a campanha da última Copa, quando também foi até as quartas de final. Mas o time de Lukaku, que passou em branco, e Hazard quer mais.
E o próximo desafio dos belgas será o Brasil, na próxima sexta-feira, às 15 horas (de Brasília), em Kazan. Mais cedo, a seleção brasileira avançou com uma vitória sobre o México por 2 a 0, em Samara.
O JOGO – A Bélgica entrou em campo nesta segunda com três vitórias e a melhor campanha da fase de grupos na bagagem. Além do aproveitamento de 100%, tinha a recorrente expectativa sobre o já famoso status de “grande geração belga”. Nada disso fez mudar o placar do jogo no primeiro tempo em Rostov. Diante de um Japão bem postado em campo, os belgas dominaram o jogo, se destacaram nas estatísticas, mas não criaram nenhuma chance de real de gol nos primeiros 45 minutos.
O início da partida foi marcado pelo equilíbrio. A Bélgica até tentou impor pressão, mas os japoneses neutralizavam as investidas com certa facilidade. E saíam para o jogo, para surpresa de todos. O time que se classificou às oitavas por causa dos cartões amarelos demonstrou versatilidade até então não vista em sua campanha na Rússia.
Eles se defendiam bem, adiantavam a marcação e buscavam o ataque Aos 20 minutos, o Japão já tinha criado duas oportunidades de gol, contra nenhuma do rival europeu. Para piorar, a marcação alta dificultava a saída de bola da Bélgica, que só começou a buscar o ataque com mais força a partir dos 25. Lukaku, em sua primeira tentativa, parou na defesa, aos 20.
Mesmo sofrendo ligeira pressão, o Japão levava perigo. Aos 30, Osako cabeceou quase na pequena área. Nos instantes finais da etapa, o mesmo atacante quase abriu o placar. Depois de um cruzamento rasteiro despretensioso, ele fez leve desvio, o suficiente para surpreender Courtois, aos 43. Ele se enrolou ao fazer a defesa e viu a bola passar entre suas pernas. Menos mal para que teve tempo suficiente de se recuperar e fazer a defesa.
O susto seria apenas um prenúncio do que seria o segundo tempo para a Bélgica. Logo aos 2 minutos, um contra-ataque bem organizado fez os japoneses abrirem o placar. Vertonghen falhou na marcação e Haraguchi finalizou para as redes, pelo lado direito. A Bélgica tentou reagir rapidamente. E, um minuto depois, Hazard acertou a trave.
Mas foi o time japonês quem voltou a brilhar. Aos 6, Kagawa rolou para Inui, que encheu o pé da entrada da área e marcou belo gol. O inesperado placar surpreendeu as arquibancadas e assustou o time belga. O técnico Roberto Martínez, então, agiu rapidamente e colocou Chadli e Fellaini em campo.
As apostas deram certo. A Bélgica reequilibrou o jogo a partir dos 15 minutos e começou a atacar com mais consistência aos 20, com Meunier. Três minutos depois, Vertonghen escorou de cabeça na área, na tentativa de levantar a bola para os companheiros. Mas bola ganhou efeito e foi parar no fundo das redes. Apenas cinco minutos depois, Hazard cruzou da esquerda e Fellaini subiu de cabeça para empatar.
Com jogadores mais altos, a Bélgica passou a concentrar sua energia no chuveirinho na área, o que já havia rendido o segundo gol. O terceiro, porém, veio em lance de contra-ataque nos acréscimos. Quando as equipes já esperavam pela prorrogação, De Bruyne disparou pelo meio e acionou Meunier, que cruzou na área. Lukaku fez o corta-luz e Chadli só completou para o gol aos 48 minutos do segundo tempo para confirmar a vitória.
FICHA TÉCNICA
BÉLGICA 3 x 2 JAPÃO
BÉLGICA – Courtois; Vertonghen, Kompany e Alderweireld; Meunier, De Bruyne, Witsel, Carrasco (Chadli), Mertens (Fellaini) e Eden Hazard; Romelu Lukaku. Técnico: Roberto Martínez.
JAPÃO – Kawashima; Sakai, Yoshida, Shoji e Nagatomo; Hasebe, Shibasaki (Yamaguchi), Haraguchi (Honda), Kagawa, Inui; Osako. Técnico: Akira Nishino.
GOLS – Haraguchi, aos 2, Inui, aos 6, Vertonghen, aos 23, Fellaini, aos 28, e Chadli, aos 48 minutos do segundo tempo.
CARTÃO AMARELO – Shibasaki.
ÁRBITRO – Malang Diedhiou (Fifa/Senegal).
RENDA – Não disponível
PÚBLICO – 41.466 pagantes;
LOCAL – Arena Rostov, em Rostov (Rússia).