Bindilatti e Jaqueline Mourão serão porta-bandeiras na abertura de Pequim-2022
Uma dupla de peso, símbolo dos esportes de inverno no país, foi a escolhida para…
Uma dupla de peso, símbolo dos esportes de inverno no país, foi a escolhida para carregar a bandeira brasileira na cerimônia de abertura de Pequim-2022, nesta sexta-feira (4), no lendário estádio Ninho do Pássaro: Edson Bindilatti, piloto do trenó de bobsled, e Jaqueline Mourão, do esqui cross-country, recordistas de participações em Jogos de Inverno com cinco cada.
“Dois atletas com uma carreira exemplar, dentro e fora das competições. Sempre procurando evoluir em seus resultados, com uma dedicação ímpar e muita vontade de ser exemplo para as próximas gerações. Não é à toa, a longevidade de ambos competindo em alto rendimento, chegando à quinta edição de Jogos Olímpicos de Inverno. Acho que a indicação mostra um equilíbrio e valoriza todos os segmentos: um representando o esporte masculino, outra o feminino; uma da neve, e outro do gelo. Eu me senti muito honrado em ser o portador dessa notícia porque a escolha não poderia ter sido mais feliz”, disse Anders Pettersson, chefe da Missão Pequim-2022, ao anunciar aos atletas a escolha do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
A responsabilidade não é novidade para nenhum deles, já que Jaqueline foi porta-bandeira na abertura de Sochi-2014, na Rússia, e Bindilatti, em PyeongChang-2018, na Coreia do Sul. A diferença é que agora eles levarão a bandeira juntos.
“Estou muito emocionada em carregar a bandeira do Brasil de novo, marcando esse meu recorde de oito participações em Jogos Olímpicos e num momento em que me sinto muito bem tecnicamente, fazendo os meus melhores resultados recentemente. E fazendo história mais vez porque agora vou estar carregando a bandeira junto com o Edson, um pioneiro dos esportes de inverno assim como eu. Só tenho a agradecer a indicação. Sinto um orgulho incrível e estou muito honrada”, disse Jaqueline.
Mourão, atleta brasileira com mais participações em Jogos Olímpicos, vai para sua oitava edição do evento: além das cinco últimas de Inverno, a esquiadora também disputou Atenas-2004, Pequim-2008 e Tóquio-2020 no ciclismo MTB. Fora das pistas, ela concorre a uma vaga na Comissão de Atletas do Comitê Olímpico Internacional (COI), que será definida ao fim de Pequim-2022, e já integra as Comissões de Atletas do COB, da CBC e da CBDN.
Edson Bindilatti é figura carimbada na equipe brasileira de bobsled desde quando a equipe brasileira da modalidade despertava a curiosidade dos adversários e ganhou o apelido de “Bananas Congeladas”, até chegar ao bom nível competitivo dos últimos anos. O baiano, que se aposentará depois de Pequim 2022, já trabalha intensamente nos bastidores e conseguiu apoio em São Caetano do Sul (SP) para a construção da primeira pista de push do Brasil, o que no médio e longo prazo, ajudará na melhora do nível dos atletas da modalidade.
“Essa indicação é prova de um trabalho bem feito, bonito que temos realizado pelos esportes de inverno, que vêm crescendo a cada dia, evoluindo sempre. Temos atletas na delegação com 17 anos e isso mostra o trabalho de desenvolvimento que vem sendo feito. Nós somos um exemplo pra eles e para todos os outros que vão vir. É uma satisfação gigantesca, uma notícia maravilhosa ainda mais por estar ao lado dessa lenda dos esportes de neve de inverno que é a Jaqueline”, analisou Bindilatti.