Boxeadora brasileira que pode enfrentar pivô de polêmica sobre gênero evita assunto
Uma dessas lutadoras, a taiwanesa Lin Yu-ting, é da mesma categoria de peso da brasileira (até 57 kg) e pode enfrentá-la na semifinal
A brasileira Jucielen Romeu, que avançou para as quartas de final no boxe nas Olimpíadas de Paris, preferiu não entrar na polêmica sobre as duas lutadoras olímpicas acusadas de participar indevidamente do torneio feminino.
Uma dessas lutadoras, a taiwanesa Lin Yu-ting, é da mesma categoria de peso da brasileira (até 57 kg) e pode enfrentá-la na semifinal.
“Costumo focar em uma luta por vez. Se eu não ganhar a próxima, eu não enfrento ninguém na terceira luta”, disse Jucielen à reportagem. “Então procuro focar no que está acontecendo agora, justamente para não me atrapalhar no momento e acabar perdendo, por estar focada em uma coisa que nem está no meu alcance nem tem o que eu fazer.”
No Mundial de 2022, em Istambul (Turquia), as duas se enfrentaram nas quartas de final, e Lin venceu por decisão unânime. Jucielen teve sua revanche em abril passado, em um evento na cidade de Pueblo, nos EUA, com vitória por decisão dividida.
A pugilista de Rio Claro (SP), 28, estreou nesta sexta (2) nos Jogos derrotando por decisão dividida (quatro juízes contra um) a americana Alyssa Mendoza, na Arena Paris Norte.
Depois de um segundo assalto equilibrado, o treinador da equipe brasileira, Mateus Alves, acordou Jucielen. “Ele jogou água em mim, que é uma coisa que eu odeio! Acho que isso ajudou também, um pouco de raiva”, contou a brasileira. “Ele falou: ‘Pô, você apagou no round, empatou, se continuar assim vai perder a luta. Tem que ter raiva.'”
Sobre a polêmica de gênero no boxe, Mateus foi lacônico. “O COI que define. Isso não nos interessa.”