Vôlei

Brasil bate os EUA, é campeão do Grand Prix pela 11ª vez e ganha moral para o Rio

Ao longo da campanha, de 13 jogos, o Brasil perdeu duas partidas apenas, para Sérvia e China, ambas nas casas das rivais.

A seleção brasileira feminina de vôlei vai chegar cheia de moral para tentar o tri olímpico no Rio. Neste domingo, as comandadas do técnico Zé Roberto Guimarães fizeram uma partida de altíssimo nível contra os EUA, na reedição da final das últimas duas Olimpíadas, venceram por 3 sets a 2, em Bangcoc (Tailândia), e conquistaram o título do Grand Prix pela 11.ª vez. As parciais do jogo foram 18/25, 25/17, 25/23, 22/15 e 15/9.

Ao longo da campanha, de 13 jogos, o Brasil perdeu duas partidas apenas, para Sérvia e China, ambas nas casas das rivais. As chinesas, que são fortes candidatas ao ouro no Rio-2016, disputaram a fase final com um time reserva, sendo eliminadas na primeira fase por EUA e Holanda. Com o time titular, entretanto, a China só perdeu um jogo, na última rodada da fase de classificação, e para os EUA.

Com 60 pontos na fase final (média de 15 por jogo), Natália foi o grande destaque do Brasil na fase final. Na decisão, ela fez 12 pontos, ficando atrás de Fabiana (18), Sheilla (14) e Fê Garay (14). Thaisa também anotou 12.

A campanha em Bangcoc coloca uma grande dúvida na cabeça de Zé Roberto. A líbero Leia, do Minas, de 31 anos, foi escalada como titular contra Rússia e também na decisão deste domingo e foi impecável tanto na defesa quanto no passe. Não será surpresa se ela deixar Camila Brait fora da Olimpíada.

A final também serviu para recuperar Jaqueline, que comandou a reação do Brasil no segundo set, sem deixar de tirar o espaço de Fê Garay, que jogou o resto da partida. Sheilla encerrou a competição mostrando que é fundamental no time titular, assim como Fabiana e Thaisa deixaram claro que seguem sendo a melhor dupla de centrais do mundo, somando 30 pontos na final. Em síntese, o Brasil vem forte para o tri olímpico.

O JOGO – Zé Roberto escalou a equipe com Fabiana, Dani Lins, Thaisa, Natalia, Sheilla, Fê Garay e Leia. A aposta em Sheilla, porém, parecia não ter sido feliz. A experiente oposta fez um primeiro set ruim e destoou do resto da equipe. O saque brasileiro não encaixava e, com o passe na mão, o time americano sobrava, a ponto de fechar o set com certa tranquilidade, em 25/18.

As coisas começaram a melhorar com 3/1 no segundo set. Foi quando Zé Roberto tirou Fê Garay e colocou Jaqueline em quadra. Tudo que a ponteira não jogou ao longo do Grand Prix ela resolveu jogar no segundo set. O passe passou a chegar redondo na mão de Dani Lins e isso e refletiu também no ataque, com Sheilla entrando no jogo. O 25/17 foi o reflexo da superioridade brasileira.

No terceiro set, com Fê Garay de volta, o Brasil conseguiu abrir vantagem de até cinco pontos, em 17/12, mas deixou os Estados Unidos chegarem e encostarem em 24/23. O ponto decisivo foi de Zé Roberto Guimarães, que pediu o desafio de vídeo em um ataque da Thaisa aparentemente para fora. A revisão mostrou que a bola resvalou de leve no bloqueio.

O quarto set não foi menos emocionante e seguiu com os dois times iguais no placar até 20/20. Aí, Natália errou um ataque, os EUA conseguiram um ace depois de o saque bater na final, e o set ficou mesmo com as americanas.

O tie-break foi memorável, com um show do bloqueio e da defesa do Brasil. Sheilla, mostrando por que ainda é titular, foi decisiva, quase perfeita no ataque. O ponto do título foi de Fabiana, pelo meio.