Rítmica

Brasileira se machuca minutos antes, equipe ginástica não desiste e se apresenta sob aplausos e lágrimas

Os oito primeiros grupos se passaram para a final. O Brasil ficou em 9º lugar, com 60.900 pontos, e não se classificou

Victoria Borges sentiu durante o aquecimento, fez apresentação, mas Brasil não avançou. Foto: Ricardo Buffolin - CBG

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A ginástica rítmica do Brasil viveu momentos de drama durante a classificatória por equipes geral da ginástica rítmica nas Olimpíadas de Paris-2024. Victória Borges, uma das cinco ginastas da equipe, se lesionou e não conseguiu executar movimentos na segunda apresentação do grupo, com fitas e bolas.

Assim que elas finalizaram, todas começaram a chorar. Borges saiu carregada do palco pelas técnicas e todas ficaram aguardando a nota, muito emocionadas. A família, da plateia, também ficou abalada.

Os oito primeiros grupos se passaram para a final. O Brasil ficou em 9º lugar, com 60.900 pontos, e não se classificou.

A lesão aconteceu, segundo as ginastas, durante um treinamento momentos antes de entrarem na quadra. “A gente estava passando a última série antes de entrar, foi um exercício simples mas que pegou muito a panturrilha dela”, disse Deborah Medrado em entrevista ao SporTV.

Já na saída da primeira rotação, Borges apareceu com dificuldade para descer as escadas . Mesmo assim, não desistiram de se apresentar mais uma vez. “A gente queria entrar em quadra para pelo menos finalizar a competição porque a gente trabalhou muito”, disse Maria Eduarda Arakaki. “Ela foi muito guerreira, ela estava sentindo muita dor.”

Nos primeiros movimentos da segunda apresentação das brasileiras, uma sequência de piruetas, Victoria não conseguiu executar e permaneceu quase a apresentação inteira com os pés fincados no chão.

Com uma integrante a menos fazendo os movimentos com perfeição, a nota de dificuldade foi para 11.700 e de execução para 5.550, o que as deixaram com uma nota abaixo do esperado, 24.950.

“Foi um desespero da equipe. A gente falou: ‘vamos tentar Vic, faz o que você puder’. A gente só queria tentar e ela deu isso para a gente”, disse Medrado. Para elas, a apresentação tem valor de medalha.

Mesmo assim, as ginastas mantiveram a esperança de estarem na final, entre os melhores oito do grupo. A equipe brasileira estava forte na competição, ficando em 4º lugar, de 14, na primeira rodada com arcos. Além disso, fizeram boa campanha antes das Olimpíadas, conquistando prata na Copa do Mundo em julho.