RECORDE

Brasileiro bate recorde mundial ao fazer embaixadinhas por mais de 34 horas

Segundo Ricardinho, a próxima meta é subir o prédio mais alto do mundo com a bola nos pés

Ricardinho durante quebra do recorde mundial de embaixadinha. Foto: Divulgação

O que você fez no último fim de semana? Ricardo Silva Neves tirou o sábado (13) e o domingo (14) para bater o próprio recorde mundial de embaixadinhas. Foram 34 horas e cinco minutos sem deixar a bola cair. O feito foi realizado em Santos, no litoral paulista. A antiga marca era de 34 horas, dois minutos e 16 segundos.

À reportagem, Ricardinho, como é conhecido, contou como foi passar mais de um dia inteiro, da manhã de sábado até pouco depois das 21h de domingo, fazendo embaixadinhas.

“Comecei 11h no sábado e fui. Quando foi por volta de 15h, eu estava bem castigado e o sol estava de frente comigo. Por mais que hidratasse, não é aquela coisa. Na madrugada começa a dar aquele sono, parece que a bola pesa 50 quilos, começa a bocejar muito e os reflexos não são os mesmos”, disse.

“Aí completaram 24 horas, e o meu adversário foi o clima. Eu não queria nem olhar para o cronômetro. Teve hora que pensei em parar, passou pela cabeça desistir, até pelas dificuldades do clima. O que mais me inspirou a não desistir foi a galera na madrugada, o pessoal na praia. Aquilo te dá uma inspiração. Quando bati 30 horas, o bicho começou a pegar, o tempo não passava”, acrescentou.

Após cumprir o objetivo, Ricardinho foi abraçado pelo filho e acabou desmaiando. “Foi a primeira vez que aconteceu de desmaiar. Eu estava muito bem preparado, mas o calor foi intenso, foi a primeira vez no litoral. Quando eu terminei, tentei firmar, o meu filho foi para o meu lado, e aí fechei os olhos.”

Ao longo das 34 horas, ele foi acompanhado por bombeiros e recebeu soro. Uma das maiores dificuldades era ir ao banheiro.
“Como eu tomava muito líquido, tinha que ir ao banheiro. Colocava a bola na nuca, tinha imagem de transmissão simultânea, e um juiz sentado do meu lado para poder filmar. A bexiga ficou inibida, a bola na nuca, dava uma dor”, contou.

Segundo Ricardinho, a expectativa é de que o novo recorde saia na edição de 2022 do Guinness Book. Já a bola utilizada será leiloada, e o valor arrecadado irá para a organização Médicos Sem Fronteiras.

Ricardinho ainda declarou que já tem outros projetos. No fim do ano, ele planeja subir os degraus do Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo, que fica em Dubai e tem 828 metros de altura e 163 andares, com a bola nos pés. Ele até já foi ao local para fazer um “teste”.

“Eles acharam que eu ia subir com a bola na mão. Quando comecei a fazer embaixadinha, foi uma loucura. Subi cinco andares rapidinho. Foi só uma demonstração.”

Outro projeto, este para o primeiro semestre de 2022, é percorrer o trajeto do Oiapoque ao Chuí fazendo embaixadinhas. O objetivo é completar a distância de 6.500 km em 138 dias.

“Vou mostrar o Brasil. Caminho e só paro para dormir. Acabo minha jornada, e o pessoal pega a bola e coloca na marca que eu parei para voltar no dia seguinte”, concluiu Ricardinho.