JOGOS OLÍMPICOS

Brisbane, na Austrália, vai sediar Olimpíada de 2032

Antes da Austrália, Paris, em 2024 e Los Angeles, em 2028, irão receber a competição

Anéis Olímpicos: Divulgação

A cidade australiana de Brisbane vai sediar a Olimpíada de 2032. O COI (Comitê Olímpico Internacional) aprovou a escolha da sede nesta quarta-feira (21), em eleição realizada durante sessão da entidade em Tóquio.

A cidade teve 72 votos de um total de 80 possíveis entre membros do COI. Cinco integrantes votaram contra e três se abstiveram, segundo resultado divulgado pela entidade.

A Austrália sediou os Jogos pela última vez na edição de Sydney-2000. O país tem tradição na realização de grandes eventos esportivos.

A Olimpíada de 2024 será realizada em Paris e a de 2028, em Los Angeles.

Brisbane se torna a terceira cidade australiana a receber o evento. Em 1956, na primeira vez, a sede foi Melbourne. Centenas de pessoas nas ruas de Brisbane acompanharam o anúncio, em um telão.

Além de ser acostumada com competições, a cidade ganhou pontos pelo clima favorável e por seu alto percentual de estádios já construídos. O município fica no estado de Queensland, na região nordeste do país.

Thomas Bach, presidente do COI, afirmou em entrevista coletiva que a paixão e o amor pelo esporte demonstrados pelos australianos foram determinantes para a escolha.

Ele disse também que o evento vai inspirar muitas gerações no país. O dirigente declarou ter ficado impressionado com as apresentações feitas pelo governo local.

“É um dia histórico não apenas para Brisbane e Queensland, mas para todo o país”, disse o primeiro-ministro Scott Morrison. “Apenas as cidades globais podem garantir os Jogos Olímpicos, portanto, esse é um reconhecimento adequado para a posição de Brisbane.” A cidade tentara receber os Jogos em 1992, que foram para Barcelona.

Indonésia, Budapeste (Hungria), China, Doha (Qatar) e Vale do Ruhr (Alemanha), dentre outros lugares, também tinham manifestado interesse em receber o evento de 2032.

Em fevereiro deste ano, no entanto, o COI deu prioridade para Brisbane apresentar a candidatura, o que praticamente garantiu sua escolha.

Em 2019, o comitê alterou as regras para reduzir custos e tornar o processo mais simples para as cidades candidatas. Não há mais campanhas oficiais para as sedes antes de um processo eleitoral, como acontecia no passado.

No caso da Olimpíada do Rio-2016, por exemplo, a corrida para angariar apoios contra outras concorrentes gerou acusações de compra de votos que estão na Justiça e provocaram a queda do ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil Carlos Arthur Nuzman.

Agora, o COI coloca em votação a sua cidade de preferência, após as avaliações da comissão. Isso também evita que candidaturas percam dinheiro com campanhas grandiosas de promoção, mas gera críticas sobre direcionamentos. John Coates, vice-presidente do COI, é australiano.

Questionado sobre se sabia quem poderia ter votado contra Brisbane, Coates respondeu: “não tenho a menor ideia. Os votos são secretos”.

“Esta nova abordagem é mais colaborativa, compacta e tem um impacto positivo. Agora sempre temos um pool significativo de partes interessadas para 2036, e mesmo para 2040. Não consigo me lembrar de já estarmos em uma posição tão favorável 20 anos antes dos Jogos Olímpicos”, disse Bach.