‘Cada dia que passa, sou mais fã do Neymar’, diz Estêvão na chegada à seleção
O atacante deu nesta terça-feira (3) sua primeira entrevista na seleção brasileira
Com sorriso largo e expectativa alta sobre si, Estêvão deu nesta terça-feira (3) sua primeira entrevista na seleção brasileira. Na chegada, fez referência a quem não está lá, mas ainda é o principal nome da geração:
“A cada dia que passa, sou mais fã do Neymar”, disse ele.
O motivo? Como o camisa 10 lidou com pressão ao longo dos anos, na visão do garoto do Palmeiras, que aos 17 anos chega para a primeira convocação, vive a badalação no Palmeiras e já está vendido ao Chelsea.
“Jogar no Brasil não é fácil, pressão, torcida, críticas. E eu admiro bastante pelo jeito dele lidar. É muito importante. Fico feliz dele ser essa inspiração para mim e todos os jovens. Crescemos vendo ele na seleção e espero estar com ele também”, completou Estêvão.
A menção a Neymar é uma via de mão dupla, já que o craque o apontou como um dos nomes mais promissores da geração atual. Responder sobre o elogio também tirou de Estêvão um largo sorriso.
“Fiquei muito feliz de saber que meu ídolo, um cara que para os jovens é uma referência, um extraclasse. O que ele fez no Brasil, nos outros times, é difícil de fazer. A gente se espelha, tenta fazer o que ele faz em campo. É muito gratificante saber que meu esforço está sendo reconhecido, disse o atacante.
E não dá para negar, sobretudo com o corte de Savinho e a longa ausência de Neymar, que há a expectativa de que Estêvão seja titular no ataque -mesmo com a concorrência de Rodrygo e Endrick, outros jovens relevantes. Vini Jr, por ora, é intocável.
“Claro que a gente cria expectativa. Nesses últimos meses tenho crescido, acrescendo ao meu futebol. Crio expectativa, espero que nos treinos eu mostre o que posso fazer para ajudar a seleção”, completou o jogador.
O QUE MAIS ELE DISSE
– Expectativa alta sobre si
“Eu trabalho muito o psicológico com a minha família, com meus pais. Conversamos e falamos que o futebol é como um parque de diversões. Me sinto feliz, leve, preciso estar feliz para jogar e estou assim agora, com a camisa da seleção. Estou construindo uma carreira grande e que seja só o começo”.
– Encontro com quem se inspira
“Encontrei o Vini, foi quem mais me deu nervosismo. É uma referência hoje pelo que faz no Real Madrid, o melhor do mundo hoje. Com ele e com todos, vejo jogando Champions League. Dá um frio na barriga. Vou tentar aprender bastante”.
– Migração da base para o profissional
“Subi no começo do ano, foi um pouco difícil. Totalmente diferente da base. Sofri um pouco, mas soube lidar graças ao Abel, comissão, jogadores, meu pai e familiares. Foi difícil, sofri bastante, mas me desenvolvi junto com eles, com os atletas e comissão que me deu conselhos diariamente. Pude crescer e acrescentar ao meu futebol para estar onde estou hoje. Nunca fui o mais forte nem o mais rápido, o mais musculoso, e Deus sempre tem me ajudado nisso. Jogo com caras anos mais velhos, com mais experiência e cortam caminhos. Sofri no começo, mas agora jogo com mais inteligência, desenvolvendo mais meu futebol”.
– Volta à Curitiba
“Todo lugar que a seleção vai gera expectativa porque é a maior seleção. Significa muito voltar aqui. Espero que tenhamos bons resultados”.
– O que o fez chegar?
“Individualidade muito forte, abro espaços, faço gol e dou assistências. Um para um forte, criação de jogadas também. Espero desenvolver a cada dia mais isso”.
– Papo com Dorival
“Ele me cumprimentou, falou para eu ser leve. Claro que crio expectativa e vou mostrar isso nos treinos. Se ele optar por mim, vou entrar e dar meu máximo para dar tudo certo”.