MUNDIAL

Calderano sofre virada e fica sem medalha inédita no Mundial de Tênis de Mesa

Após abrir vantagem de 3 sets a 0 sobre o chinês Liang Jingkun, o carioca de 25 anos viu o adversário virar e vencer por 4 a 3

Hugo Calderano- Foto: WTTGlobal/Divulgação

Hugo Calderano teve a chance de garantir a primeira medalha do Brasil em Mundiais Adultos de Tênis de Mesa e ficou muito perto de alcançar o objetivo, mas não conseguiu. Após abrir vantagem de 3 sets a 0 sobre o chinês Liang Jingkun nas quartas de final do Mundial dos Estados Unidos, na madruga deste domingo, o carioca de 25 anos viu o adversário virar e vencer por 4 a 3, com parciais de 11/8, 14/12, 11/8, 8/11, 4/11, 8/11 e 8/11.

A derrota no George R. Brown Covention Center, em Houston, foi dolorosa, pois nunca um brasileiro esteve tão próximo de conseguir a medalha inédita. Caso Calderano conseguisse avançar à semifinal, ao menos o bronze já estaria garantido.

De qualquer forma, o número 4 do mundo se despede do torneio com uma campanha histórica. Ele foi o primeiro mesa-tenista do Brasil a disputar as quartas de final de uma edição do Mundial, superando as marcas dos lendários Ubiraci Rodrigues da Costa, o Biriba, e Claudio Kano, que disputaram as oitavas.

Diante da tradição chinesa no tênis de mesa, já era esperado que o duelo fosse difícil e disputado em alto nível. Confiante e agressivo em todas ações, Hugo Calderano foi consistente desde o primeiro set, vencido por ele com 11 a 8 no placar. Na sequência, começou perdendo o segundo, mas buscou o empate e virou para fechar a parcial de 14 a 12, antes de vencer também o terceiro, por 11 a 8.

A partir do quarto set, quando faltava apenas uma parcial positiva para fechar a vitória brasileira, Jingkun reagiu. Calderano passou a ter muita dificuldade, enquanto o adversário dominava o jogo com tranquilidade, situação que se estendeu até o final, coma virada por 4 a 3.

Além da campanha histórica no Mundial dos Estados Unidos, Calderano disputou as quartas de final do torneio individual dos Jogos Olímpicos de Tóquio, outro feito inédito. Na disputa por equipes, ajudou o time brasileiro a chegar na mesma, mais uma marca histórica.

Recentemente, o carioca se tornou o atleta das Américas com a melhor marca no ranking mundial em todos os tempos. Ele igualou o norte-americano Sol Schiff, número 4 do mundo na temporada de 1938, e atingiu uma colocação que não era ocupada por mesa-tenistas do continente há 83 anos.