Seleção Brasileira

CBF libera convocação de Luiz Henrique e Paquetá, suspeitos em apostas

Nesta sexta-feira, o técnico Dorival Jr poderá convocar ambos os atletas para as eliminatórias em jogos contra Peru e Chile

IGOR SIQUEIRA, RODRIGO MATTOS E THIAGO ARANTES
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, não determinou nenhum veto às convocações de Luiz Henrique e Paquetá suspeitos de envolvimento em um esquema de apostas. Durante a semana, reportagem do UOL mostrou que Luiz Henrique recebeu dinheiro de parentes de Paquetá que são apostadores.

Nesta sexta-feira, o técnico Dorival Jr poderá convocar ambos os atletas para as eliminatórias em jogos contra Peru e Chile. Os dois estavam na pré-lista do treinador.

“Pode convocar”, disse Ednaldo Rodrigues, que afirmou ter lido a matéria do UOL.

Segundo o dirigente, os departamentos de integridade e compliance da CBF têm constantemente checado os jogadores da seleção. Assim, no entender de Ednaldo, não há nada que impeça as convocações porque não houve condenação por nenhum órgão esportivo.

“A gente não tem constatado que tenha nenhum tipo de situação referente a esses atleta até o momento. Não temos. Já temos noção daquilo que nós na época saiu com relação a Paquetá – arguimos a Liga (Premier League) para saber todos os detalhes. Ela respondeu que não tinha nenhuma situação de pena que estava prevista”, analisou o presidente da CBF.

Paquetá foi denunciado pela Premier League, mas ainda não foi julgado. Ele é suspeito de forçar o cartão amarelo em quatro jogos da competição para favorecer apostas.

Luiz Henrique não tem investigação esportiva contra ele porque a Real Federação Espanhola não fez nada a respeito das suspeitas contra ele e arquivou o caso. Mas há suspeita de pelo menos um jogo em que ele teria forçado cartão amarelo na investigação inglesa.

Além disso, ele recebeu dois pix do tio e sobrinho de Paquetá -no valor total de R$ 40 mil- poucos dias depois de jogos da La Liga em que tornou cartões amarelos.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, no entanto ,entende que não é possível fazer prejulgamento.

“De qualquer sorte, temos por hábito não fazer pré-julgamento de ninguém. E sempre dando condições de ouvir as partes. E cada um possa ter a sua ampla defesa e contraditório em tudo aquilo é falado e especulado. A todos eles damos a presunção da inocência”, disse ele.