Fórmula 1

Chefe da Mercedes lamenta ter seus carros fora da briga por vitórias: ‘Doloroso’

A Mercedes vinha dominando o campeonato desde 2014, quando teve início a chamada era dos motores híbridos na F-1

Acostumada a vencer, a Mercedes resiste a assumir o papel de coadjuvante na nova temporada da Fórmula 1. Depois das fracas performances exibidas nas duas primeiras corridas do ano, o chefe do time alemão, Toto Wolff, admite ser “doloroso” estar de fora dos “jogos divertidos” lá na parte da frente do grid.

“Estivemos no meio destes jogos divertidos pelos últimos oito anos. Agora é extremamente doloroso não fazer parte disso, e por uma boa diferença de tempo nas voltas”, ressaltou o dirigente. Na Arábia Saudita, no fim de semana passado, o heptacampeão mundial Lewis Hamilton não passou do 10º. Seu novo companheiro de time, o também britânico George Russell, se saiu um pouco melhor, terminando em 5º.

A Mercedes vinha dominando o campeonato desde 2014, quando teve início a chamada era dos motores híbridos na F-1. Desde então, foram oito títulos do Mundial de Construtores consecutivos. E sete troféus do Mundial de Pilotos, sendo seis de Hamilton e um do alemão Nico Rosberg, já aposentado. A equipe só não levou o título de pilotos no ano passado, quando o holandês Max Verstappen, da Red Bull, superou Hamilton na última volta da corrida final do campeonato.

Mas, neste ano, o domínio evaporou, ao menos nas duas primeiras etapas da temporada. Hamilton chegou a subir ao pódio no GP do Bahrein. Mas só terminou em terceiro lugar porque os carros da Red Bull, que estavam a sua frente, tiveram problemas na reta final da prova. O desempenho nos treinos também tem sido sofrível para a Mercedes.

A equipe parece não ter se adaptado bem aos novos carros, totalmente reformulados para gerar maior equilíbrio no campeonato e mais ultrapassagens. Wolff, contudo, disse não desistir. “Não vamos descansar até estarmos novamente na briga. A situação não está divertida. Estamos fazendo um exercício de humildade e isso nos tornará mais fortes no final, mesmo que agora não seja muito divertido.”

Sem entrar em detalhes, o dirigente indicou que os acertos no carro podem ser melhores nas próximas etapas. “Não estamos conduzindo o carro que queremos em termos de ajustes. Por enquanto está difícil avaliar os déficits de tempo (em comparação aos rivais). Há déficits por todo lado e esperamos reduzir isso nas próximas corridas.”

Os pilotos da Fórmula 1 voltam para a pista no fim de semana dos dias 9 e 10 de abril para o GP da Austrália, em Melbourne. Será a terceira etapa do campeonato.