Clubes espanhóis decidem não liberar jogadores para seleções da América do Sul
Os clubes da primeira divisão do Campeonato Espanhol decidiram não liberar seus jogadores para as…
“Houve acordo por parte dos clubes para comunicar seus jogadores convocados por seleções da Conmebol, pela impossibilidade do deslocamento, enquanto se aguarda que seja resolvida a situação e a problemática atual, indica comunicado divulgado pela liga espanhola após reunião entre as equipes afetadas”, informou um comunicado oficial.
A decisão envolve 25 jogadores de 13 equipes que integram a LaLiga, ainda antes de terem sido anunciadas as convocações de Equador e Venezuela. O Brasil, que encarará Chile, Argentina e Peru nos próximos dias,
assim, perde o zagueiro Éder Militão e o volante Casemiro, ambos que defendem o Real Madrid, e o atacante Matheus Cunha, anunciado nesta semana pelo Atlético de Madrid.
O motivo de descontentamento dos clubes espanhóis foi o aumento de rodadas em setembro e outubro das Eliminatórias Sul-Americanas, de duas para três, por causa do adiamento de jogos em março passado provocado pela pandemia do novo coronavírus. Com isso, os jogadores precisam de um período maior de liberação para as seleções, de nove para 11 dias.
O Conselho da Fifa, em reunião ocorrida em 7 de agosto, aprovou o aumento da janela das datas reservadas para a competição qualificatória nos dois próximos meses, como forma de compensar os jogos adiados em março deste ano.
Para a LaLiga, a decisão afeta “de uma forma flagrante o calendário e a integridade” do Campeonato Espanhol, já que outras confederações, com a Uefa, por exemplo, não ampliaram o número de dias destinados às seleções, embora tenham aumentado a quantidade de jogos.
Segundo comunicado da entidade espanhola, “de forma unânime”, foi aprovado adotar “medidas cautelares contra o órgão competente (a Conmebol), para proteger os direitos e interesses da competição e dos clubes afetados”. Ainda de acordo com a LaLiga, os clubes das duas primeiras divisões do Campeonato Espanhol se reunião nos próximos dias, para voltar a debater a situação.
Na quarta-feira, o presidente da Fifa, o suíço Gianni Infantino, indicou a liberação de jogadores para as seleções nacionais é um “assunto de extrema urgência e importância”.
Na Inglaterra, os clubes da Premier League também já indicaram que não cederão atletas, enquanto a Serie A, que organiza o Campeonato Italiano, já manifestou respaldo ao posicionamento das equipes, caso optem por não liberar integrantes do elenco.