Repasse

COB destinará recorde de R$ 201 milhões às modalidades olímpicas em 2023

O valor representa um aumento de 21% em relação a 2022 e é o maior valor para investimento nas modalidades desde a criação do dispositivo, em 2001

Assembleia do COB definiu repasse para modalidades olímpicas. Foto: Gabriel Baron - COB

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) vai destinar um valor recorde às modalidades olímpicas em 2023. Está previsto o repasse de R$ 201 milhões às Confederações via Lei das Loterias (Lei 13.756), o que representa um aumento de 21% em relação a 2022 e é o maior valor para investimento nas modalidades desde a criação do dispositivo, em 2001.

O montante foi aprovado por unanimidade em Assembleia realizada nesta sexta, 16, no Rio de Janeiro, depois de ser chancelado pelo Conselho de Administração e pelo Conselho Fiscal do COB.

“Estamos satisfeitos por seguirmos ampliando o investimento no esporte brasileiro ano após ano. A consequência direta disso são os excelentes resultados esportivos obtidos pelos atletas brasileiros. Em 2022, foram 23 medalhas em Mundiais ou competições equivalentes, considerando apenas provas olímpicas, além do primeiro lugar nos Jogos Sul-americanos de Assunção e nos Jogos Sul-americanos da Juventude de Rosário”, disse o presidente Paulo Wanderley Teixeira.

Em 2023, além do repasse das verbas advindas da Lei das Loterias, o COB também baterá recorde de investimento direto. E não só no Alto Rendimento.

Serão cerca de R$ 58,3 milhões em outros programas geridos diretamente pelo Comitê, como o Programa de Preparação Olímpica (PPO), que contempla projetos apresentados pelas Confederações e aprovados por um Grupo de Trabalho (GT) do COB, que terá um orçamento de R$ 37,2 milhões.

O investimento específico na preparação de jovens atletas para os Jogos Pan-americanos de Santiago 2023 será de mais de R$4 milhões, enquanto a prospecção e utilização de Bases Internacionais terão um aporte de quase R$ 2,5 milhões.

Além da preparação específica para o Pan, o COB irá investir R$ 14,4 milhões no Desenvolvimento Esportivo, outro recorde para esta área, já pensando na formação e evolução de atletas e equipes multidisciplinares para Los Angeles 2028 e Brisbane 2032

E ainda há a possibilidade de uso da verba que sobrou neste ano em novos projetos esportivos, já que a arrecadação das Loterias em 2022 superou a previsão do COB feita em 2021.

“Estamos trabalhando numa lacuna que identificamos na evolução dos atletas pensando nos próximos ciclos olímpicos. O Desenvolvimento Esportivo também investe em equipamentos e equipes multidisciplinares. Além disso, através do Instituto Olímpico Brasileiro, nosso braço de educação, que terá mais de R$ 1 milhão no orçamento, seguimos capacitando os treinadores”, afirmou o diretor-geral Rogério Sampaio.

Ainda há a destinação de recursos para a reforma do CT do COB, que teve sua concessão renovada por mais 20 anos pela Prefeitura do Rio de Janeiro, e para as quatro Missões que o Time Brasil terá que planejar no ano que vem (Jogos Sul-americanos de Praia em Santa Marta, na Colômbia; Jogos Mundiais de Praia em Bali, na Indonésia; Jogos Pan-americanos de Santiago, no Chile, e os Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude de Gangwon, da Coreia do Sul).

A Assembleia contou com representantes das Confederações Brasileiras Olímpicas, integrantes da Comissão de Atletas do COB e os membros brasileiros do Comitê Olímpico Internacional (COI), Bernard Rajzman e Andrew Parsons.

A LEI 13.756

A chamada “Lei das Loterias” destina cerca de 1,7% do valor apostado em todas as Loterias Caixa do país ao COB. Os recursos assegurados por meio da Lei têm permitido investir no esporte olímpico de forma contínua e crescente.

O COB utiliza os recursos que recebe da Lei das Loterias seguindo estritamente os critérios estipulados pela própria lei e o planejamento técnico desenvolvido em conjunto com as Confederações Brasileiras Olímpicas.

Este planejamento técnico contempla o treinamento das equipes, contratação de treinadores, viagens de intercâmbio, participação em competições nacionais e internacionais, aquisição de equipamentos e materiais esportivos e períodos de aclimatação das delegações, entre outras ações.

Confira abaixo os valores ordinários que serão repassados a cada modalidade olímpica em 2023:

Atletismo: R$ 8.300.000,00

Badminton: R$ 4.960.000,00

Basquete: R$ 4.693.000,00

Boxe: R$ 8.208.000,00

Breaking: R$ 3.045.000,00

Canoagem: R$ 7.961.000,00

Ciclismo: R$ 6.082.000,00

Desportos Aquáticos: R$ 12.025.000,00

Desportos na Neve: R$ 4.849.000,00

Desportos no Gelo: R$ 4.623.000,00

Escalada Esportiva: R$ 3.980.000,00

Esgrima: R$ 4.453.000,00

Ginástica: R$ 10.633.000,00

Golfe: R$ 4.370.000,00

Handebol: R$ 5.004.000,00

Hipismo: R$ 7.291.000,00

Hóquei sobre Grama: R$ 4.286.000,00

Judô: R$ 7.983.000,00

Levantamento de Pesos: R$ 5.167.000,00

Pentatlo Moderno: R$ 4.245.000,00

Remo: R$ 4.730.000,00

Rugby: R$ 4.501.000,00

Skate: R$ 7.448.000,00

Surfe: R$ 7.233.000,00

Taekwondo: R$ 6.357.000,00

Tênis: R$ 5.264.000,00

Tênis de Mesa: R$ 5.904.000,00

Tiro com Arco: R$ 5.362.000,00

Tiro Esportivo: R$ 5.218.000,00

Triatlo: R$ 5.301.000,00

Vela: R$ 7.118.000,00

Vôlei: R$ 9.820.000,00

Wrestling: R$ 4.586.000,00