O maior obstáculo para o Corinthians contratar Nilmar é o alto salário. O clube admite pagar no máximo R$ 400 mil ao atacante que defendia o El Jaish, do Catar. Esta política “pés no chão” tem dois motivos. O primeiro é o corte de custos, em um ano em que o clube ficou fora da Copa Libertadores. A segunda é o temor de contratar um “novo Alexandre Pato”, em alusão ao salário de R$ 800 mil que o atacante, hoje no São Paulo, recebia.
Nilmar teria pedido alto para voltar a jogar no País, entre R$ 600 mil e R$ 700 mil por mês – ele ganhava ainda mais no Catar. O presidente Mário Gobbi disse, em entrevista à rádio Jovem Pan, que não pagaria “salários astronômicos” porque o futebol brasileiro vive, segundo ele, um outro momento.
O discurso de Mário Gobbi encontra apoio entre outros dirigentes e membros do Cori (Conselho de Orientação) do clube. A ordem é reduzir a folha de pagamento. Nilmar é visto com uma contratação de oportunidade. Não seria necessário pagar comissões, rescisões ou luvas para o jogador.
Além disso, há o ganho técnico. A diretoria, embora entenda que o elenco é qualificado, vê em Nilmar um bom nome para repor as ausências de Guerrero. O peruano não poderá jogar neste domingo pelo Campeonato Brasileiro contra o Fluminense – o atacante levou cartão vermelho na derrota para o Grêmio (2 a 1), no último domingo. Depois, ele vai defender a seleção peruana em amistoso data Fifa e deve desfalcar o Corinthians em três jogos.