Conmebol negocia e tenta jogo do Flamengo com portões fechados
O toque de recolher determinado por Pedro Castillo, presidente do Peru, fez o país mergulhar em incertezas
O Flamengo viajou até Lima (PER) para enfrentar nesta terça-feira (5) o Sporting Cristal, às 21h30, pela Libertadores, mas o toque de recolher determinado por Pedro Castillo, presidente do Peru, fez o país mergulhar em incertezas. A realização da partida ficou em xeque.
Em meio a protestos da população, que se queixa da alta dos combustíveis e dos fertilizantes, Castillo determinou que a população não saia de casa e declarou estado de emergência. Neste cenário, a Conmebol negocia com as autoridades locais para que o duelo seja realizado com portões fechados.
Os dirigentes da Conmebol quebram a cabeça para definir a logística e veem essa alternativa como a única saída para que não houvesse danos aos clubes. Em caso de adiamento, a entidade teria de encaixar o duelo em um calendário que já está para lá de apertado com a Copa do Mundo.
Foi ventilada a hipótese de remarcação do jogo para esta semana, mas a instabilidade política falou mais alto e a tentativa é de alcançar um meio termo. De acordo com o decreto aprovado pelo Conselho de Ministros, ficou estabelecida a “imobilidade dos cidadãos”.
A delegação do Flamengo desembarcou em Lima na madrugada de segunda-feira. O time seguiu programação normalmente e foi para campo treinar. A Conmebol também precisa entender o que fazer com outro jogo da Libertadores marcado para Lima nesta semana. A capital peruana deveria receber o duelo entre Alianza Lima e River Plate, marcado para o mesmo local, o estádio Nacional.
A entidade também tem compromissos com os detentores dos direitos de transmissão da Libertadores, e a estreia do Flamengo é, obviamente, um grande chamariz para programação. Esse é mais um motivo para tentar viabilizar a realização da partida hoje.