Conselho Deliberativo do Corinthians vota impeachment do presidente Augusto Melo
Caso Augusto Melo seja deposto, quem irá assumir provisoriamente o comando do Corinthians será o vice-presidente, Osmar Stabile
O impeachment do presidente Augusto Melo será votado nesta segunda-feira (2) pelo Conselho Deliberativo do Corinthians. A votação ocorrerá em duas chamadas: a primeira às 18 horas e a segunda às 19 horas, ambas na sede social do Timão, no Parque São Jorge. Na votação, serão analisadas possíveis irregularidades no mandato do dirigente corintiano.
Para a votação do impeachment de Augusto Melo, 302 conselheiros do Corinthians irão participar. Caso a maioria simples seja favorável, ele será afastado imediatamente do comando do clube. Quem assumirá o posto será o primeiro vice-presidente, Osmar Stabile, que terá 5 dias para convocar uma Assembleia Geral para a votação em última instância da decisão. Porém, nesse caso, Melo ficará afastado do cargo.
A reunião estava programada para a última semana, mas foi cancelada devido à falta de segurança no local. Para esta segunda-feira (2/12), o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr., solicitou segurança reforçada no local. Segundo o dirigente, ele recebeu diversas ameaças devido à movimentação em torno do impeachment.
Motivação do impeachment
O pedido de impeachment foi iniciado em agosto, quando um grupo de 90 conselheiros do Corinthians alegou diversas irregularidades na gestão de Augusto Melo. O principal motivo foram as irregularidades no contrato com a Vai de Bet, patrocinadora que rompeu com o clube em junho.
O grupo de oposição a Augusto Melo tem como base uma investigação da Polícia Civil de São Paulo sobre uma possível lavagem de dinheiro envolvendo a empresa Rede Social Media Design, que intermediou o contrato entre o Corinthians e a Vai de Bet.
Como será a reunião
Na reunião do impeachment, o presidente da Comissão de Ética e Disciplina do Corinthians terá até 30 minutos para defender a suspensão ou o arquivamento do processo contra Augusto Melo. Após isso, o presidente terá outros 30 minutos para se defender das acusações. Em seguida, será realizada a votação sigilosa dos conselheiros.