Corinthians admite que meta é fugir do rebaixamento após metade do Paulista
Comandando o time contra o Santos após a demissão de Mano Menezes, o auxiliar técnico disse que não pode "enganar o torcedor"
O discurso no Corinthians é realista com a posição atual na tabela: o foco do clube está em escapar da zona do rebaixamento do Paulista após metade da primeira fase. Seis dos 12 jogos já foram.
Thiago Kosloski foi sincero e admitiu que a briga do Alvinegro paulista, neste momento, é para não cair. Comandando o time contra o Santos após a demissão de Mano Menezes, o auxiliar técnico disse que não pode “enganar o torcedor”.
“Não pode enganar o torcedor, que estamos pensando no titulo. Hoje, a realidade é tirar o Corinthians da zona do rebaixamento Kosloski, em entrevista coletiva.”
O Corinthians vem de cinco derrotas seguidas e tem a segunda pior campanha do Estadual, abrindo a zona de rebaixamento. O clube do Parque São Jorge é o último do Grupo C, com apenas três pontos, e tem saldo de cinco gols negativos.
A situação ainda pode piorar: o time periga até virar o lanterna geral. Para isso, o Santo André só precisa empatar com o Mirassol, nesta quinta-feira (8), para ultrapassar o Corinthians pelo critério de desempate.
O auxiliar frisou que o elenco está “indignado” com a má fase e que o desafio é blindar os jogadores da pressão. Segundo ele, o ano “mal começou” e os atletas estão “o tempo todo com a faca no pescoço”.
“Não tem tempo de respirar, de treinar. Psicológico é complicado, o tempo todo com a faca no pescoço. O ano nem começou e já estamos com cinco derrotas, e brigando para não cair no Paulista. Atleta é ser humano, sente a pressão também. Nosso maior desafio é blindar esses atletas. Não esconder o sentimento de indignação, todos do vestiário ficaram indignados com a derrota, não merecíamos, mas tem que transformar em motivação para dar resposta no domingo”, disse Kosloski, em entrevista coletiva.
REAÇÃO URGENTE
Kosloski mencionou crise, mas destacou o que é preciso para o Corinthians “ver a luz no túnel”. A saída é apenas uma: voltar a vencer. O auxiliar minimizou a derrota no clássico para o Santos e lamentou os demais pontos perdidos nessa sequências.
“Para ter uma sequência de confiança, enxergar a luz do túnel, só existe um caminho: ganhar o jogo. nesta quinta-feira (8), apesar de o resultado não ser o que queríamos, ganhar ou perder um clássico é uma situação normal. Anormal é perder para o Ituano, Novorizontino, com todo respeito. (…) Acredito que com duas vitorias seguidas, conseguimos dar um pé na crise”, diz.
A resposta do time tem que ser imediata. O Corinthians tem três dias para se preparar para a Portuguesa e trata o jogo de domingo (11) como uma decisão.
O clube só vai olhar para cima se a maré virar. Se engatar uma série de resultados positivos, a chave pode virar para a disputa do mata-mata. A distância para a classificação está em três pontos, mas o Mirassol tem um jogo a menos – a Inter de Limeira, com quatro pontos, ainda tem duas partidas para fazer.
“Temos que ter a resposta de uma vitória para dar tranquilidade para os atletas, ir para o jogo sem tanta pressão. E aí sim, com equipe de trabalho, dar mais tranquilidade para a diretoria procurar novos reforços. Situação complicada, tem desgaste. Se depois conseguirmos embalar vitórias e vislumbrar classificação, com certeza vai, mas no momento o foco é tirar dessa situação, que é inadmissível”, afirma.
Além disso, o Corinthians tenta agir rápido para trazer o novo técnico. O clube do Parque São Jorge está acertando a contratação de António Oliveira, que está no Cuiabá, e corre contra o tempo para oficializar a chegada do treinador.