Corinthians e Palmeiras começam a decidir o Campeonato Brasileiro Feminino
A primeira partida será no Allianz Parque, neste domingo (12), já o jogo da volta será na Neo Química Arena, no dia 26
O estado de São Paulo teve 7 dos 8 últimos campeões do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino. Na edição 2021 da competição, a escrita será mantida, protagonizada por Corinthians e Palmeiras.
O palco do primeiro jogo será o Allianz Parque, neste domingo (12), às 21h. Já a decisão do título será na NeoQuímica Arena, a partir das 20h do dia 26 de setembro.
As duas partidas serão transmitidas por Band, SporTV e páginas no TikTok do canal Desimpedidos e da CBF.
As duas equipes tiveram as melhores campanhas na primeira fase e fomentam também no feminino uma rivalidade que existe desde 1917 com os times masculinos. Dois elencos fortes, com jogadoras de seleção e que tendem a disputar cada vez mais troféus.
A decisão do Brasileiro entre as duas equipes é inédita. A quinta consecutiva das corintianas, que têm agora as palmeirenses como obstáculo para conseguir o tricampeonato -foram campeãs em 2018 e 2020. A agremiação verde e branca busca sua primeira consagração no principal campeonato do país.
A final será uma reedição da semi de 2020, vencida pelas jogadoras do time alvinegro.
No único confronto na etapa inicial do torneio, Corinthians e Palmeiras empataram em 1 a 1. Além das finais do Nacional, as duas equipes têm encontro marcado no dia 22 de setembro, pelo Paulista Feminino.
Corinthians e Palmeiras tiveram desempenhos parecidos na competição. O time alvinegro chegou a ser derrotado uma vez, pelo Santos, enquanto o rival não sofreu nenhum revés. Ainda assim, as palmeirenses ficaram com a segunda posição na tabela.
Para Agustina, capitã palmeirense, e Tamires, jogadora que ostenta a braçadeira corintiana, a chave para o título é estudar ao máximo os pontos fortes e fracos das adversárias.
“A gente sabe muito da qualidade do time do Corinthians. Tem peças individuais e um time muito forte. Mas também sabemos o ponto fraco. É concentrar nos detalhes e focar nosso jogo para que o resultado seja bom para nós”, avalia a zagueira argentina.
Já Tamires, camisa 6 da seleção brasileira, vê o elenco rival como um obstáculo na briga pelo título. “A equipe do Palmeiras é equilibrada, tem peças excelentes. São duas equipes muito preparadas taticamente e fisicamente. Vamos jogar nosso futebol, fazer o que estamos fazendo todos os dias.”
Arthur Elias e Ricardo Belli, treinadores de Corinthians e Palmeiras, respectivamente, enxergam no dérbi uma chance de atrair novos fãs para o futebol feminino. Durante o evento de apresentação das finais, realizado na sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) nesta sexta-feira (10), os dois comandantes falaram sobre as expectativas para os jogos.
“É uma rivalidade centenária, histórica. Chegaram à final as duas melhores equipes, que mais pontuaram, com os melhores saldos de gols, melhores defesas, que merecem estar aqui hoje”, avalia Belli.
O clube alvinegro teve vantagem de um ponto na primeira fase, o que garantiu a segunda partida da decisão em casa.
“A cada ano, o investimento aumenta, a estrutura aumenta e a responsabilidade também. O outro lado também investiu, deu estrutura. Quem ganha é o futebol feminino”, aponta Elias.
O Corinthians retomou o time feminino em 2016, em parceria com o Audax -o clube deixou a parceria um ano depois. Já o Palmeiras voltou a ter uma equipe feminina em 2019.
Os dois times femininos normalmente não jogam nas arenas do clube. Enquanto as corintianas mandam seus jogos no Parque São Jorge, as palmeirenses atuam na cidade de Vinhedo, a 75 km da capital.
“É um privilégio que a gente está tendo. Eu desejo levar isso tudo para a Argentina. É muito importante, não é só o futebol feminino brasileiro que cresce, mas também na América do Sul”, comemora Agustina.