Série A

Corinthians encerra jejum e vence líder Cruzeiro em BH

Na campanha em casa pelo bicampeonato, mineiro só acumulava vitórias até perder do Atlético-MG, há 17 dias

Desde que perdeu para o Grêmio, em 24 de agosto, por 2 a 1, o Corinthians não marcava um mísero gol fora de casa. Quis o destino que o gol saísse exatamente no local mais improvável: no Mineirão, sobre o Cruzeiro. Virtual campeão do Brasileiro, o time mineiro foi surpreendido nesta quarta-feira à noite, em Belo Horizonte, e batido por 1 a 0, sofrendo apenas a sua quinta derrota na competição – a segunda para o mesmo rival. Luciano fez, aproveitando erro de Henrique no meio-campo.

Na campanha em casa pelo bicampeonato, o Cruzeiro só acumulava vitórias até perder do Atlético-MG, há 17 dias. Agora, são duas derrotas em quatro jogos. Desde 7 de setembro, foram realizada nove rodadas. Em cinco (uma sim, uma não) o time mineiro tropeçou. Mesmo assim, lidera com folga: tem 56 pontos, contra 49 do São Paulo. O Inter, com 47, pode chegar a 50 se vencer a Chapecoense, quinta, em Chapecó (SC), no fechamento da 27.ª rodada.

Já o Corinthians chega à sua segunda vitória seguida, encerrando um jejum como visitante. Nos últimos seis jogos fora, havia obtido um empate e só. Desde a volta após a Copa, o time só vencera uma vez (o Santos, em agosto). O time de Mano Menezes foi a 46 pontos, em quinto. Segue na cola do Grêmio, que tem a mesma pontuação mas venceu mais.

O Corinthians nem volta para São Paulo. Treina nesta quinta em Belo Horizonte e na sexta viaja para Manaus, palco do jogo contra o Botafogo, sábado – o time carioca vendeu o mando. O Cruzeiro vai ao Rio para, domingo, enfrentar o Flamengo.

O JOGO
Os dois times entraram em campo desfalcados pela data Fifa. O Corinthians, sem Gil e Guerrero. O Cruzeiro, sem Everton Ribeiro e Ricardo Goulart, mas podendo contar com Marcelo Moreno liberado pela Bolívia. Ralf foi barrado por Mano Menezes para a entrada de Guilherme Andrade.

A ideia de Mano Menezes era que o Corinthians tivesse um meio-campo mais técnico e dominasse o setor. A proposta do treinador foi bem-sucedida à medida que o Cruzeiro, sem seus dois organizadores, não conseguia impor seu estilo de jogar. Com raras chances dos dois lados, o time paulista ia cozinhando o jogo.

As coisas talvez fossem diferentes se o chute forte de Willian não passasse raspando a trave direita, logo aos 8 minutos. Em outra boa jogada do meia contra seu ex-clube, Marcelo Moreno chutou rasante, de três dedos, e Cássio pegou.

O Corinthians, no primeiro tempo, só assustou na bola parada, especialmente numa cobrança de Renato Augusto que encontrou o travessão. O meia, aliás, comandava as ações ofensivas do time visitante, tendo a bola em seus pés em todos os ataque do Corinthians.

Marcelo Oliveira tentou recolocar o Cruzeiro no jogo com Alisson na vaga de Willian. Depois, trocou o apagado Marlone por Dagoberto. Mano Menezes também não estava satisfeito e substituiu Ángel Romero por Luciano. Foi recompensado.

Aos 28, Henrique tentou um passe de calcanhar na intermediária defensiva e entregou para Petros, que puxou o contra-ataque e deu para Luciano no lado direito da área. Léo errou o carrinho, tirou o pé para não fazer pênalti e deixou o atacante sozinho com Fábio para fazer 1 a 0.

Ansioso, o Cruzeiro tentou o empate, sem sucesso. Ameaçou apenas uma vez, em chute cruzado de Marcelo Moreno, que passou raspando a trave. No último lance, Dagoberto até teve espaço para cabecear na área, mas não pegou bem na bola.

FICHA TÉCNICA:
CRUZEIRO 0 X 1 CORINTHIANS

GOL – Luciano, aos 28 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO – Leandro Pedro Vuaden (Fifa/RS).
CARTÕES AMARELOS – Henrique (Cruzeiro); Cássio e Anderson Martins (Corinthians).
RENDA – R$ 1.509.747,00.
PÚBLICO – 32.958 pagantes.
LOCAL – Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG).

CRUZEIRO – Fábio; Mayke, Léo, Manoel e Egídio (Ceará); Henrique, Lucas Silva e Marlone (Dagoberto); Marquinhos, Willian (Alisson) e Marcelo Moreno. Técnico – Marcelo Oliveira.

CORINTHIANS – Cássio; Fagner, Felipe, Anderson Martins e Fábio Santos; Bruno Henrique (Danilo), Guilherme Andrade (Ferrugem), Petros e Renato Augusto; Malcom e Ángel Romero (Luciano). Técnico – Mano Menezes.