Negociação

Corinthians vê cobrança indevida, e Garro aciona Talleres para ser liberado

Rodrigo Garro ligou para o presidente do Talleres, Andrés Fassi, para cobrar a liberação. O meia argentino já perdeu duas partidas

O Corinthians vê cobrança indevida e conta com a ajuda de Rodrigo Garro para conseguir a liberação do Talleres (ARG).

O contrato diz que o Corinthians precisa pagar valores brutos por Rodrigo Garro, enquanto o Talleres exige o pagamento líquido, incluindo impostos. Não há nenhuma menção a valores líquidos no acordo.

O Timão condena a postura do Talleres e espera uma resolução cordial, mas não descarta acionar a Fifa. O clube do Parque São Jorge entende que o Talleres pede mais dinheiro e grana à vista por causa do histórico de calote das gestões anteriores. Isso não é praxe no mercado.

Rodrigo Garro ligou para o presidente do Talleres, Andrés Fassi, para cobrar a liberação. O meia argentino já perdeu duas partidas do Campeonato Paulista.

O UOL teve acesso ao acordo entre Corinthians e Talleres. O documento prevê $ 5.203 milhões de dólares pela transferência, além de $ 1.876 milhões de dólares de custos de operação, totalizando exatos 7,08 milhões de dólares (R$ 34,84 milhões).

A cláusula terceira, do valor da transferência, diz assim: “Como contraprestação pela transferência definitiva do jogador, se estabelece um valor bruto de 5,3 milhões de dólares, valor que deve ser transferido ao Talleres”.

O parágrafo primeiro, dos gastos da operação: “Se deixa estabelecido que o Corinthians abonará ao Talleres o valor bruto de 1.876,00 milhão de dólares pelos gastos da operação”.

Dos 7 milhões de dólares, o Corinthians pagou 4 mi, o equivalente a duas parcelas. O Talleres, então, cobrou mais 700 mil dólares (R$ 3,4 mi). O Timão se recusou a a transferir e exige o cumprimento do contrato imediatamente.

“Pagamento parcial, falta uma parte. Faltam pagar quase 700 mil dólares. Não sabemos porque não fizeram a transferência completa. O Talleres enviará o transfer [documentação] quando receber tudo”, disse Fassi ao UOL na última quarta-feira.