O corte de Fernando Prass da seleção brasileira que vai disputar a Olimpíada foi confirmado na madrugada de sábado para domingo pela CBF. A decisão estava tomada desde o fim da tarde, tal a gravidade da contusão no cotovelo direito do goleiro, mas só foi oficializada após os exames feitos em uma clínica de Goiânia. O palmeirense sofreu uma fratura e precisará passar por cirurgia. A CBF tem até o dia 3 de agosto para inscrever um substituto.
Prass demonstrou muita tristeza e comentou o corte nas redes sociais. “Me empenhei muito para realizar o sonho de ser jogador da seleção brasileira. Mas infelizmente não será dessa vez. O exame realizado hoje (noite de sábado) apontou uma fratura do cotovelo e não poderei disputar a Olimpíada”, escreveu o goleiro. “Vou me cuidar e voltar ainda mais forte para defender o Palmeiras e, quem sabe, a seleção novamente. Agradeço a torcida e o carinho de todos.”
O goleiro sofreu a fratura durante o aquecimento no estádio Serra Dourada para o jogo em que a seleção olímpica venceu o Japão por 2 a 0 – já era certo que ele não atuaria, para ser poupado. Sentiu ao levantar o braço para fazer uma defesa. Ele havia machucado o cotovelo direito na segunda-feira, na Granja Comary (Teresópolis). Seu quadro foi evoluindo durante a semana, a ponto de o técnico Rogério Micale ter dito que ele só não jogaria contra o Japão para não correr riscos. A contusão mudou totalmente o quadro.
O cotovelo machucado agora é o mesmo que Prass contundiu em 2014. Na época ele precisou ser operado e ficou cinco meses sem jogar. Agora, deverá perder o restante da temporada.
O substituto de Fernando Prass será definido após consulta da CBF à Fifa. A entidade pretende convocar um jogador que não está na lista dos 35 pré-convocados e as informações são de que ele goleiro pode ser Marcelo Grohe, do Grêmio. Para isso, os dirigentes contam com um precedente em favor de Portugal, que conseguiu fazer uma mudança no seu grupo por causa das dificuldades que encontrou para os clubes liberassem atletas. “Já fizemos uma consulta à Fifa sobre o procedimento que vamos adotar porque se trata de um jogador acima de 23 anos”, disse no início desta madrugada o coordenador da base da CBF, Erasmo Damiani.
Essa atitude da CBF sinaliza que a Roma não quis liberar Alisson que está lista dos 35, assim como Jordi, do Vasco, e Jean, do Bahia, único goleiro que poderá ser chamado se a seleção precisar fazer nova troca por contusão após o dia 3 de agosto.